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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu: Museu Nacional de Arte Antiga N.º de Inventário: 1204 Esc Denominação: São João Baptista Local de Execução: Portugal; Coimbra Oficina / Fabricante: Coimbra. Oficina de João de Ruão. Datação: 1540 d.C. - 1550 d.C. Matéria: Pedra (calcário). Técnica: Escultura de vulto pleno. Vestígios de dourado. Dimensões (cm): altura: 140; largura: 50; profundidade: 30; Descrição: São João Baptista esculpido em vulto pleno, de pé, encostado a um tronco do lado esquerdo, com a cabeça voltada para o lado direito. Cabelos de madeixas curtas de corte redondo emolduram um rosto personalizado de nariz adunco, olhos rasgados, bigode prolongado pela barba e expressivo trabalho do pescoço.
Na mão esquerda segura o Livro fechado sobre o qual se senta o cordeiro. Com o braço direito dobrado, toca com a mão no peito. Enverga uma pele apertada na cintura, cortada no ombro direito, no tronco e nas pernas deixando entrever excelente definição muscular.
O manto está lançado sobre o ombro e braço esquerdos e vem agrupar-se em aba à frente, um pouco acima dos joelhos. No cinto prende-se a filactera onde corre a inscrição, insculpida em capitais romanas preenchidas a dourado: ECCE AGNVS DEI.
Dinâmico.
Esculpido em contraposto, o joelho direito mostra-se ligeiramente avançado em relação ao corpo, acompanhando o ritmo impresso pelo movimento da própria cabeça. Incorporação: Doação - Colecção Comandante Ernesto Vilhena (Herdeiros)
Origem / Historial: * Forma de Protecção: classificação;
Nível de Classificação: interesse nacional;
Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas;
Legislação aplicável: Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro;
Acto legislativo: Decreto; N.º 19/2006; 18/07/2006 *
Bibliografia | CORREIA, Vergílio - "A escultura em Portugal no primeiro terço do século XVI", in Arte e Arqueologia. Coimbra: 1930, pág. - | GARCIA, Prudêncio Quintino - João de Ruão. Coimbra: 1913, pág. - | DIAS, Pedro - "S. João Baptista", in No Tempo das Feitorias. A Arte Portuguesa na Época dos Descobrimentos, vol. II. Lisboa: CNCDP-IPM, 1992, pág. -186 | BORGES, Nelson Correia - João de Ruão Escultor da Renascença Coimbrã. Coimbra: Epartur, 1980, pág. - | SANTOS, Reynaldo dos - A Escultura em Portugal, Vol.II, Séculos XVI a XVIII. Lisboa: ANBA, 1950, pág. - | GONÇALVES, António Nogueira - Estudos de História da Arte da Renascença. Porto: 1979, pág. - | |
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