Origem / Historial:
Este modelo de canjirão é referido por Arthur Sandão no seu livro sobre Faiança Portuguesa, vol.1 (SANDÃO, p. 155) e por Jorge Pereira de Sampaio no seu livro "A Faiança da Real Fábrica do Juncal" que apresenta dois exemplares com modelo semelhante, apenas diferindo na decoração: "Apresentamos dois canjirões em forma de busto, sendo um decorado a morado e outro de vidrado branco sem decoração, sendo até aí o exemplar decorado único conhecido no género ao contrário do outro, de que já foram detectados alguns totalmente brancos em feiras de antiguidades. A nossa colecção integrou recentemente uma dessas peças decorado a morado, muito semelhante ao anteriormente mencionado e que já tinha sido refrido e apresentado na obra de Arthur Sandão." (SAMPAIO, p. 207). Ainda segundo refere Jorge Sampaio sobre este modelo "as canecas ou gomis em forma de busto devem ter constituído excepção no fabrico do Juncal (...) esta forma de busto, como outras de faiança portuguesa desse tempo, tinha influência na escultura erudita."
A peça do Museu, sendo de modelo igual aos exemplares acima referidos, apresenta um vidrado típico de Caldas, em tons de mel e castanho.