MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contactos  separador  Ajuda  separador  Links  separador  Mapa do Site
 
segunda-feira, 29 de abril de 2024    APRESENTAÇÃO    PESQUISA ORIENTADA    PESQUISA AVANÇADA    EXPOSIÇÕES ONLINE    NORMAS DE INVENTÁRIO 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Grão Vasco
N.º de Inventário:
2391
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Título:
Regresso da Horta
Local de Execução:
Viseu
Datação:
1941 d.C.
Matéria:
Óleo
Suporte:
Tela
Dimensões (cm):
altura: 60,8 cm; largura: 84,6 cm;
Descrição:
Um casal de camponeses regressa da horta. Do lado esquerdo o homem, representado com bigode, chapéu, lenço ao pescoço e envergando roupa de trabalho, carrega no ombro esquerdo uma enxada e no braço direito um fardo de rama de milho seco. Do lado direito, a mulher apresenta uma face marcada por sulcos acentuados e a cabeça coberta por um lenço vermelho rematado por baixo do queixo. Enverga um xaile azul com barra florida, que fecha à frente com um alfinete, e cujas pontas tapam a saia de cor creme. Transporta nas mãos uma cesta com legumes e segue atrás do homem. No plano fundeiro observam-se algumas árvores, que deixam entrever um céu azul claro marcado pelos tons alarajados do pôr do sol ao entardecer. A composição prima pela luminosidade e pelo empastamento da matéria. Dentro da pintura de género, esta representação de costumes e figuras típicas da Beira Alta é bem expressiva da obra de Almeida e Silva, também marcada pela paisagem e ruralidade.
Incorporação:
Legado - Legado do pintor
Iconografia e Heráldica

Tipo

Descrição

Imagem

Iconografia

O Regresso da Horta (também conhecido por Regressando a Casa) obra apresentada na 38.ª exposição anual da SNBA em 1941, revela um dos universos pictóricos mais acarinhados pelo pintor Almeida e Silva, o tema da vida rural, parte integrante da identidade da Beira Alta. Efectivamente esta “pintura de género”, representa não tanto duas figuras concretas, mas sim a própria gesta agrícola de um povo trabalhador, aqui simbolizado por um casal que regressa a casa, à tarde, depois de um dia de trabalho. Embora seja uma composição totalmente distinta das Hortaliceiras (inv.2388), este quadro remete-nos para um mesmo mundo do trabalho árduo e para uma estética eivada de valores sentimentais, para um reconhecimento do mérito do trabalho esforçado, de toda uma vida ou de uma classe social, que de algum modo encantava profundamente o pintor e lhe suscitava valores morais de respeito profundos. É por este motivo uma obra intensa e que não deixa o observador alheio à densidade psicológica que emana das duas figuras representadas. O homem, já de meia-idade, traja um casaco grosseiro e tem “enterrado” na cabeça um velho chapéu de abas já deformado. Trás um braçado de forragem de milho para alimentar o gado e carrega, apoiado ao ombro, uma enxada rasa, adivinhando-se ter estado a trabalhar na horta. A mulher segue-o de perto, vestida com um xaile e um lenço posto à cabeça, e levando uma cesta com hortaliças. Ambas as personagens têm a pele do rosto sulcada pelas agruras do tempo da Beira, frio no Inverno e quente no Verão, e umas mãos de trabalho, fortes e ossudas, que revelam os anos a fio de esforço na prática agrícola. Apesar da notória simplicidade, o casal não é representado como expectante de um futuro melhor, ou queixoso do seu fardo, mas sim com a naturalidade de alguém que aceita a sua condição e o labor do dia-a-dia, serenamente.

imagem
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Termos e Condições  separador  Ficha Técnica