Museu:
Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea
Denominação:
Morte de Catão
Dimensões (cm):
altura: 99; largura: 134;
Descrição:
Pintura de História. Num quarto de cores sombrias e envolto num tenebrismo teatral, Marco Pôncio Catão (95-46 a.c.) é representado no centro da composição, caído, com o braço esquerdo e o corpo estendidos no chão, arrastando-se, levando a mão direita ao peito, junto da ferida que goteja sangue, na agonia final do suicídio. No fundo sombrio, sobre um estrado, vê-se o leito do censor e pretor romano, em desordem. À direita, sobre uma cadeira, a toga branca pregueda, e em baixo uma espada caída, ensanguentada. No canto inferior esquerdo da composição, vê-se uma mesa derrubada e um livro caído no chão, em primeiro plano (é o "Fedon" de Platão, que Catão leu antes de se suicidar), que se destaca do chão em mármore embutido e iluminado. Junto da personagem principal, em agonia, está um grupo de três homens que entra de rompante nos aposentos do pretor, e são surpreendidos pelo drama, teatralizando-o gestualmente. É uma composição naturalmente académica e convencional, apesar do seu inedetismo na pintura portuguesa, atenta aos pormenores e aos adereços, mas sobretudo preocupada com a relação causal dos elementos formais, dispersos, com uma narratividade iconológica da imagem.
Incorporação:
Transferência - Conselho de Arte e Arqueologia