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FICHA DE ENTIDADE
Museu:
Denominação:
Salgado, José Maria Veloso
Tipo:
Autor
Nascimento:
Santa Maria de Melon, Orense, 1864
Óbito:
Lisboa, 1945
Biografia:
Nascido em Santa Maria de Melon, em Orense (Espanha) foi para Lisboa aos 10 anos trabalhar na oficina litográfica de um tio. Em 1881 matriculou-se na Academia de Belas Artes. Inicialmente frequentou os cursos nocturnos passan¬do mais tarde a frequentar os cursos normais. Discípulo de Ferreira Chaves e Simões de Almeida, distinguiu-se como aluno, figurando nas exposições da Sociedade Promotora de Bellas Artes em 1884, aí obtendo menção honrosa em 1887. Finalizado o curso nesse ano, já com cidadania portuguesa, concorreu a pensi¬onista do Estado no estrangeiro, na especialidade de Pintura Histórica. Em Paris, foi admitido na École des Beaux Arts, tendo como mestres Cabanel, Jean¬-Paul Laurens, Benjamin Constant e Cormon. Igualmente distinguido em Paris, aí foi premiado com o Prix d’Atelier. Em 1890 expôs pela primeira vez no Salon dos Campos Elísios, obtendo no ano seguinte uma terceira medalha com o painel Amor e Psyche (Museu do Chiado). Nesse ano esteve em Itália onde copiou em Florença os primitivos. Aí realiza a tela Jesus (desaparecida num naufrágio, no regresso da Exposição Universal de Paris em 1900) que expôs no Salon em 1892, tela igualmente premiada e considera¬da Hors-Concours. Regressando a Paris, Veloso Salgado ligou-se à família Demont-Breton, família de artistas que o protegeu, conseguindo obter algum sucesso através da enco¬menda de retratos. Finalizado o pensionato, regressou a Lisboa em 1895 sendo nomeado para o cargo de professor interino da Pintura Histórica na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, sucedendo a Ferreira Chaves. Mais tarde submeteu-se a concurso, a par de Columbano e Condeixa, obtendo o primeiro lugar. Veloso Salgado exerceu o cargo de professor da Escola durante longos anos. A par da Pintura de História, género que ensinava e que o notabilizou, produziu inúme¬ras paisagens, dentro de uma estética naturalista. Distinguiu-se ainda no retrato, de carácter mundano, de que serão exemplos o Retrato da Rainha D. Amélia (Instituto Câmara Pestana) e o da Viscondessa de Algés e seus filhos (colecção particular). Para além da vasta obra de cavalete, obteve encomendas, entre 1898 e 1925 para a decoração de edifícios públicos e palácios: no Palácio da Bolsa do Porto, na Sala do Tribunal do Comércio; em S. Bento, na Câmara dos Deputados; no Museu de Artilharia; na Escola Médica de Lisboa; na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Juntamente com Ventura Terra trabalhou no Teatro Politeama e na Sinagoga de Lisboa. Decorou ainda o Palacete de José Bessa em Barcelos. Veloso Salgado participou activamente em exposições em Portugal e no estrangeiro. Desde 1891, ainda como pensionista em Paris, envia obras para figurarem nas exposições do Grémio Artístico, em Lisboa, sendo por duas vezes premiado. Em 1898, na Exposição Extraordinária do Grémio Artístico ganhou o concurso com a composição histórica Vasco da Gama apresentando a carta do Rei D. Manuel ao Samorim de Calicut. Participante assíduo nos salões da Sociedade Nacional de Belas Artes desde a primeira exposição em 1901, obteve Medalha de Honra em 1911. Também expôs no Porto, com a sua pri¬meira participação em 1895, na Exposição d’Arte do Porto, e mais tarde, no Salão Silva Porto. No estrangeiro teve longa participação, sendo várias vezes agraciado: Munique, 1893; Antuérpia, 1894; Berlim, 1896; Exposição Universal de Paris, 1900; St. Louis, Estados Unidos, 1904; Rio de Janeiro, 1906 e 1908; S. Francisco, Califórnia, 1911 e 1915. Em 1939 foi organizada pela Academia Nacional de Belas Artes, de que Veloso Salgado foi Vice¬-Presidente Honorário, uma Exposição Retrospectiva reunindo a principal obra de cavalete do artista. Veloso Salgado faleceu em Lisboa em Junho de 1945. No mesmo ano, foi organi¬zada no Porto, no Salão Silva Porto, uma exposição de homenagem ao artista.
 
     
     
   
     
     
     
 
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