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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Palácio Nacional de Queluz
N.º de Inventário:
PNQ 1434
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Denominação:
Alegoria às Virtudes do Príncipe Regente D. João
Autor:
Sequeira, Domingos António de (1768, Belém-1837, Roma)
Local de Execução:
Portugal.
Datação:
1810 d.C.
Matéria:
Óleo
Suporte:
Tela
Técnica:
Óleo sobre tela
Dimensões (cm):
altura: 151; largura: 200;
Descrição:
Num programa marcadamente neo-clássico, Sequeira coloca D. João sentado sobre nuvens, rodeado por uma corte de figuras alusivas às suas virtudes de governante (Generosidade, Felicidade Pública, Religião, Compaixão, Piedade, Clemência, Estabilidade, Grandeza da Alma, Heroísmo, Afabilidade, Docilidade, etc) e um leão. Em baixo, no solo, um jovem encarnando o génio da Nação ostenta um escudo com as Armas Reais, rodeado por numeroso grupo de personagens que simbolizam as virtudes dos súbditos (Fidelidade, Saudade, Alegria, Amor da Pátria, Fé, Gratidão, Continência, etc) os quais manifestam o seu agradecimento, aclamando o príncipe, enquanto, junto ao monumento, se encontram Minerva e Mercúrio, o Tempo e a História, que grava a dedicatória. Também é visível uma cegonha, uma arca e sacos de moeda. Uma lápide inserida na paisagem transmite numa longa inscrição em latim, a mensagem de fidelidade ao Regente. Ao fundo distingue-se a saída do exército francês e a entrada das tropas inglesas que chegam igualmente por mar numa poderosa esquadra. Moldura dourada entalhada.
Incorporação:
Transferência - Segundo o Livro n.º 4 ("Ofícios Recebidos") do Palácio Nacional de Queluz, iniciado a 7 de Junho de 1947, esta pintura foi adquirida em Outubro de 1951 pela quantia de 150.000$00 (Ofício 14549 de 16/10/1951). Transferido do Museu Nacional de Arte Antiga. Nº de ordem 4/1951.
Origem / Historial:
Terceiro filho de D. Maria I e de D. Pedro III, o Infante D. João nasceu em Lisboa a 13 de Maio de 1767. Em 1785 casa com a Princesa D. Carlota Joaquina de Bourbon, filha mais velha do rei Carlos IV de Espanha, cinco anos após a chamada "Troca das princesas" em Vila Viçosa. Por morte do seu irmão D. José, Príncipe do Brasil, em 1788, torna-se o herdeiro directo do trono. A partir de 1792 assume a regência do reino, devido à incapacidade da Rainha D. Maria I, sendo coroado rei no Rio de Janeiro em 1818, dois anos após a morte daquela soberana. Enquanto regente, D. João tem de enfrentar um dos períodos mais atribulados da história política portuguesa. Morre em Lisboa a 10 de Março de 1826, logo após ter transferido a regência do Reino para a Infanta D. Isabel Maria. A polémica da sua sucessão inicia um novo capítulo da história do conturbado liberalismo português. Domingos António de Sequeira foi um grande pintor dos séculos XVIII e XIX, de seu nome verdadeiro Domingos António do Espírito Santo, como consta do registo baptismal, havendo depois trocado o seu apelido pelo do padrinho e protector, um rico tendeiro de Belém, chamado Sequeira. Também nascido em Belém, então arrabal de Lisboa, foi discípulo de Joaquim Manuel da Rocha na Aula Régia de Desenho e Figura da Casa Pia de Lisboa, e, após a morte deste, ajudante de Francisco de Setúbal; finalmente em Roma para onde foi pensionado por D. Maria I, seguiu o mestrado de Della Picola em composição e de António Cavalucci em pintura. Sequeira distingui-se também como gravador e foi até quem executou as primeiras litografias em Portugal: pobres de técnica as de 1822, feitas em Lisboa com uma prensa e pedras litográficas enviadas de Paris, atingiram alta qualidade as da fase parisiense, pouco posteriores em data, mas já admiráveis de factura, através das quais o grande artista vinca nova faceta da sua poderosa personalidade. Após o período das Invasões Francesas, várias foram as personalidades interessadas em provar a sua fidelidade ao Príncipe Regente e à Coroa. Sequeira, libertado do cárcere em Setembro de 1809, onde permaneceu cerca de nove meses após denúncias de colaboracionismo com o invasor, estava muito empenhado nesse tipo de demonstrações. Neste contexto surge esta grande tela encomendada pelo Barão de Sobral para ser oferecida ao Príncipe Regente D. João (1767-1826) que se encontrava no Brasil As referências simbólicas das figuras são de tal forma pouco intelegíveis, mesmo no contexto da época que o Barão de Sobral se viu forçado a mandar imprimir um folheto explicativo da composição, a qual conheceu simultaneamente uma tiragem em gravura para pública divulgação desta demonstração de fidelidade. Deste quadro foi tirada uma estampa litográfica (79x58 cm) por G. F. de Queiroz. Em 24 de outubro de 1951, numa nota dirigida ao Chefe de Repartição do Património da Direção Geral da Fazenda Pública, o conservador do Palácio, António Ventura Porfírio informa "(...) que o quadro "Alegoria a D. João VI" de Sequeira, que se encontrava no Museu Nacional de Arte Antiga, já foi removido para este Palácio e foi colocado na Sala de Fumo. Regosijamo-nos pelo facto desta notavel obra ter sido destinada ao Palácio de Quèluz." (Arq. Historico do PNQueluz,Vol. III/Bens Móveis do Estado 1941-1955).
 
     
     
   
     
     
     
 
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