Origem / Historial:
Segundo o que refere Rangel de Quadros (QUADROS, p.138) esta pintura foi oferecida ao Convento de São João Evangelista de Aveiro, de Carmelitas Descalças, em 1732, sendo colocada sobre a grade do coro de cima. Foi o seu doador o sétimo Duque de Aveiro, D. Gabriel de Lencastre Ponce de León Manrique de Lara Cardenas Giron e Aragão, filho segundo da Duquesa D. Maria de Guadalupe, o qual, após dirimir diversas questões relativas à posse da Casa de Aveiro, a tomará plenamente por Carta Régia, em 2 de Junho de 1732. Regressado de Madrid neste mesmo ano, a sua oferta à localidade cabeça do ducado patenteava o interesse, generosidade e dedicação que lhe dedicava, aliada ao facto de a própria fundação deste convento estar ligada à Casa Ducal (quer pela via de Dona Beatriz Manrique de Lara e Meneses quer do seu testamentário, o duque D. Raimundo). Após a extinção das Ordens, em 1834, o Convento de S. João Evangelista sofre as consequências gerais do decreto e, nacionalizados que foram os seus bens, o edifício conventual é parcialmente demolido em 1905, após ter sido entregue à edilidade aveirense (1902). Com esta subtracção, o coro de cima é destruído passando entretanto a pintura ao recem fundado museu de Aveiro (1911). Neste tem estado quase sempre em exposição permanente.