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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AH.579
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Actividades lúdicas
Denominação:
Boneca
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Angola
Grupo Cultural:
Mutua
Datação:
XX d.C.
Matéria:
Madeira, capim, fibras vegetais, missangas, tira de pele (cabedal?), panos, pele, cordão de pele (couro?), missanga metálica, pasta de origem vegetal e/ou animal
Técnica:
Base: espiral cosida de armação simples.
Dimensões (cm):
altura: 23,1; largura: 13,1;
Descrição:
Boneca constituída por um toro cilindriforme de madeira escura, com a extremidade inferior assente numa base em forma de campânula e a extremidade superior exibindo fibras vegetais enroladas e fiadas de missangas várias, representando um penteado. A base, constituída por voltas de feixes de capim é feita pela técnica de espiral cosida de armação simples, pontualmente revestidos por feixes transversais. Encontra-se aplicada ao toro por meio de um pequeno revestimento de malha de fibras vegetais torcidas, dispostas paralela e transversalmente e unidas entre si. Por cima da malha, envolvendo parcialmente a cintura da boneca, a peça exibe várias voltas de uma fiada de missangas brancas, presas juntas por uma tira de pele (cabedal?), à frente. Entre a malha e as voltas da fiada de missangas encontra-se, na parte frontal da boneca, um pano azul escuro pontuado por círculos preenchidos a creme, dobrado sobre a fiada, encobrindo-a. Na parte de trás, encontra-se dobrado sobre a mesma fiada, um pano feito de um tecido vermelho, estampado com motivos florais vários com as cores creme, verde e azul. Ambos os panos representam o traje tradicional do grupo a que pertence. A três quartos da sua altura, a boneca apresenta atado um cordão de pele (couro?) escuro que serve para transportar a boneca. Uma das extremidades do cordão apresenta uma missanga metálica enfiada. Um pouco mais acima surge uma incisão transversal ao toro. Na extremidade superior da boneca surge um revestimento de uma malha semelhante ao existente na extremidade inferior, figurando a cabeça. A boneca apresenta um penteado tradicional do grupo a que pertence. Este é constituído por fios de fibras vegetais enroladas, sugerindo tranças, que partindo do topo da cabeça estendem-se até à cintura da boneca, cobrindo a parte posterior deste. Por cima destas tranças surgem várias fiadas circulares de missangas brancas, dispostas transversalmente. Em cima destas, centralmente, e começando na nuca e acompanhando o penteado, surge uma trança de fibras vegetais, adornada com séries de filas transversais de missangas brancas e amarelas. No início este revestimento apresenta várias curtas fiadas de missangas, pendendo sobre a testa, a meio uma fiada de missangas amarelas que pende para ambos os lados e, na parte inferior do revestimento surge, de um dos lados, fiadas de missangas brancas, seguidas novamente por uma fiada de missangas amarelas que pende para ambos os lados. O revestimento central é finalizado por duas fiadas de missangas brancas, que acompanham o penteado. Toda a peça apresenta-se untada com uma substância gordurosa escura. Diâmetro do toro envolvido pela malha: 13,8 cm
Incorporação:
Compra
Origem / Historial:
A colecção de bonecas com uma tipologia "mwila" consiste em 42 objectos, tendo sido adquiridos por diferentes colectores e em diferentes contextos. Estas bonecas inserem-se numa colecção mais vasta, de 83 objectos, todos eles referentes ao Sudoeste angolano (bonecas kwanyama, bonecas carolo de milho e bonecas mwila de barro). O nome desta tipologia advém do grupo cultural mwila, devido a este ser um dos principais produtores destes objectos. António Carreira adquiriu 60 bonecas do Sudoeste angolano, trinta das quais pertencente à tipologia "mwila", colectadas em contexto de Missões de Prospecção de Material Etnográfico, dirigidas pelo Museu de Etnologia do Ultramar, efectuadas entre 1965 e 1969. Todas as bonecas "mwila" colectadas por António Carreira referem amuleto, amuleto de fertilidade ou amuleto de fecundidade, como função. Em 1965 e 66, Carreira anexa a seguinte informação: "Confeccionada com fibra de Mupanda (árvore frondosa). Ao cabelo da boneca chamam Maldi, por ser fibra. Ao cabelo humano chamam Nohuki. É usado por solteiras, viúvas e estéreis, no dorso, como se fosse uma criança de mama. O tipo de cabeleira das bonecas reproduz o das mulheres do planalto." (Ficha de inventário de AH.051)
 
     
     
   
     
     
     
 
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