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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AG.797
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Actividades lúdicas
Denominação:
Boneca
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Angola
Grupo Cultural:
Mwila - Muila
Datação:
XX d.C.
Matéria:
Madeira, capim, fibras vegetais, missangas e sementes várias, cordel, panos, cabelo natural, botões brancos, tachas metálicas, pasta de origem vegetal e/ou animal
Técnica:
Base: espiral cosida.
Dimensões (cm):
altura: 27,5; largura: 15,3;
Descrição:
Boneca constituída por um toro cilindriforme de madeira escura, revestido por uma malha torcida, com a extremidade inferior assente numa base em forma de campânula e a extremidade superior exibindo fibras vegetais torcidas, missangas e adornos vários, representando um penteado. A base, constituída por voltas de feixes de capim, é feita pela técnica de espiral cosida. Encontra-se aplicada ao toro por meio do revestimento de malha de fibras vegetais torcidas, dispostas paralela e transversalmente, formando tranças diagonais. Na parte superior da base duas voltas de fiadas de missangas brancas intervaladas com sementes castanhas envolvem parcialmente a cintura da boneca, sendo amarradas à frente por um cordel que as une. Dobrado sobre esta fiada, encobrindo-a, encontra-se tanto na parte da frente como na de trás, um pano estampado com motivos florais, nas cores rosa, creme e castanha. Ambos os panos representam o traje tradicional do grupo a que pertence. A três quartos da altura da boneca, surgem duas saliências encobertas pela malha, representando os seios. Estes ostentam fios de fibras vegetais torcidas, cruzando-os, representando um adorno tradicional do grupo a que pertence. A boneca apresenta um penteado tradicional do grupo a que pertence. Este é constituído por fios de fibras vegetais torcidas, figurando tranças, que partindo do topo da cabeça, estendem-se até às costas da boneca. Algumas destas tranças apresentam pontualmente sementes castanhas enfiadas, e todas elas terminam num enrolamento das mesmas. Na fronte, sobre um enrolamento transversal da malha, inicia-se um revestimento feito de uma substância pastosa castanha, imbricada com cabelo natural, que acompanha o penteado. No topo apresenta centralmente um botão branco, ladeado por duas tachas metálicas douradas e verdes, sendo esta composição seguida por uma fila de sete tachas, três botões brancos, e finalizada por duas tachas. Presas ao segundo botão apresenta-se, de ambos os lados, duas fiadas de missangas brancas, verdes, vermelhas, amarelas e azuis, seguidas por, de um lado uma curta fiada dupla de missangas brancas, intervaladas por vermelhas, e, do outro, por uma fiada entrecruzada de missangas das mesmas cores. Do lado da fiada dupla surge também presa, uma fiada circular de missangas brancas intervaladas por azuis, que acompanham o penteado. Na quarta tacha apresenta-se, de cada lado, uma fiada de missangas brancas intervaladas por verdes, tendo de um dos lados também preso uma fiada circular de missangas brancas intervaladas por pretas. Entre o primeiro e o terceiro botão surgem duas fiadas de missangas brancas intervaladas com sementes castanhas. Debaixo do segundo botão apresentam-se presas duas fiadas de missangas brancas. Toda a peça apresenta-se untada com uma substância gordurosa escura. Diâmetro do toro envolvido pela malha: 8,2 cm
Incorporação:
Compra
Origem / Historial:
A colecção de bonecas com uma tipologia "mwila" consiste em 42 objectoss, tendo sido adquiridos por diferentes colectores e em diferentes contextos. Estas bonecas inserem-se numa colecção mais vasta, de 83 objectos, todos eles referentes ao Sudoeste angolano (bonecas kwanyama, bonecas carolo de milho e bonecas mwila de barro). O nome desta tipologia advém do grupo cultural mwila, devido a este ser um dos principais produtores destes objectos. António Carreira adquiriu 60 bonecas do Sudoeste angolano, trinta das quais pertencente à tipologia "mwila", colectadas em contexto de Missões de Prospecção de Material Etnográfico, dirigidas pelo Museu de Etnologia do Ultramar, efectuadas entre 1965 e 1969. Todas as bonecas "mwila" colectadas por António Carreira referem amuleto, amuleto de fertilidade ou amuleto de fecundidade, como função. Em 1965 e 66, Carreira anexa a seguinte informação: "Confeccionada com fibra de Mupanda (árvore frondosa). Ao cabelo da boneca chamam Maldi, por ser fibra. Ao cabelo humano chamam Nohuki. É usado por solteiras, viúvas e estéreis, no dorso, como se fosse uma criança de mama. O tipo de cabeleira das bonecas reproduz o das mulheres do planalto." (Ficha de inventário de AH.051)
 
     
     
   
     
     
     
 
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