|
FICHA DE INVENTÁRIO
Museu: Museu Nacional de Etnologia Categoria: Alfaia agrícola Local de Execução: Rio Onor, Bragança, Portugal. Dimensões (cm): comprimento: 151; Descrição: Tala com o formato de uma vara, ligeiramente curva, feita em madeira com casca. Apresenta em todo o comprimento, e em superfícies opostas, vários entalhes: traços simples, finos e largos, em X e em V.
Proveniência: Rio de Onor, Bragança, Portugal
Origem / Historial: As talas existentes no museu provêem sobretudo dos dois momentos em que a aldeia de Rio de Onor foi estudada: anos de 1940 e inicio de 1950, por Jorge Dias; e trinta anos depois, por Joaquim Pais de Brito. São varas em geral de choupo, com entalhes à navalha, em intervalos iguais, correspondendo cada espaço à casa do vizinho, onde se inscrevem cargos resultantes do pagamento a pastores, multas ou registo de votos. A tala é, numa superfície linear, a figuração de uma aldeia em que as casas se sucedem num círculo ordenado, com a indicação do rio que separa as duas margens.
Esta tala tem a particularidade de conter registos em faces opostas. Corresponde muito provavelmente à passagem de Jorge Dias pela aldeia quando tirou a fotografia da reunião do «conselho».
Bibliografia | BRITO, Joaquim Pais de - Retrato de Aldeia com Espelho, Ensaio sobre Rio de Onor. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1996, pág. - | DIAS, Jorge - Rio de Onor, Comunitarismo Agro-Pastoril. Lisboa: Editorial Presença, 1981, pág. - | ALVES, Francisco Manuel, 1910, "Vestígios do regimen agráriocomunal". Ilustração Transmontana. 3º ano, Porto, pp. 137-142 | TENÓRIO, Nicolás - La aldea gallega. Vigo: Ediciones Xerais de Galícia, 1982 (1914) | KUCHENBUCH, Ludolf - "Les baguettes de taille ao MouyenÂge: un moyen de calcul sans écriture?". In Cequery, N. e Menant, F. e Weber, F. (dir), Écrire, compter, mesurer: vers une histoire des rationalités pratiques. Paris: Éditions Rue d'Ulm, 2006, pp.113-142 | |
|
|