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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AN.220
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Ritual
Denominação:
Máscara Cara-de-macaco
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Brasil / Região Centro-Oeste - Mato Grosso / Alto Xingu - Rio Culuene
Grupo Cultural:
Kamayurá
Datação:
XX d.C.
Matéria:
Buriti, fibras vegetais, algodão não fiado, cera preta, madrepérola, fios de algodão,tinta preta
Técnica:
Cestaria - torcido: esta técnica obtém-se pela torção de fios entre os elementos que constituem a urdidura.
Dimensões (cm):
altura: 27; largura: 22,5; comprimento: 91;
Descrição:
Máscara Cara-de-macaco constituída por uma estrutura oblonga em talas de buriti feita pela técnica do torcido, totalmente revestida de algodão não fiado fixado com fibras, que representa um macaco. A estrutura apresenta quatro segmentos cilíndricos, que correspondem aos membros inferiores e superiores, dispostos sobre um aro circular de fibras vegetais. O corpo é ovóide, o pescoço tronco-cónico e a cauda, feita de fibras dispostas em espiral, é de formato cilíndrico com a ponta direccionada para cima. O rosto de formato quadrangular plano é modelado em cera preta. Nele figuram dois olhos circulares em madrepérola e cera, e da boca pende um cadilho de fios de algodão branco fixado a um segmento de madeira. As orelhas de forma triangular são feitas, igualmente, em cera preta. Cada membro é decorado com uma linha recta longitudinal. A cauda exibe duas linhas rectas transversais. A extremidade inferior do corpo apresenta uma faixa transversal, desde a cabeça até à cauda. A extremidade oposta é ornamentada com um motivo composto por linhas oblíquas dispostas em diferentes sentidos, que formam losangos e triângulos concêntricos.Os motivos são pintados de cor preta. Em contexto de uso o aro, em que assenta a estrutura que representa o macaco, é disposto sobre a cabeça do indivíduo que veste a máscara.
Incorporação:
Compra - Anterior proprietário: Desconhecido
Proveniência:
Grupo cultural: Kamayurá. Coordenadas: Mato Grosso - Alto Xingu - Rio Culuene
Origem / Historial:
De acordo com informações contidas no catálogo Os Índios, Nós, a máscara, em uso, é decorada com um adorno de penas de papagaio em leque, em torno do pescoço do macaco, e apresenta um conjunto de franjas de fibras vegetais que rodeiam o aro circular, de forma a cobrir o rosto do indivíduo que a veste. "Figurando um macaco, estas máscaras são feitas e usadas pelos homens, sobre a cabeça, em danças cerimoniais, e, contrariamente ao que sucede com muitas outras nas sociedades indígenas brasileiras, são conservadas após o final desses rituais, procedendo-se à substituição do algodão quando este se encontra enegrecido. Estas máscaras encontravam-se suspensas desde à muitos anos na maloca de Tacumã, pagé e chefe dos Kamayurá, de quem os colectores foram hóspedes em Novembro de 1964 e que, pelo modo como se expressava em português, foi um dos principais informantes na sua estadia entre este grupo." (cf. Os Índios, Nós, 2000, pp.221) Nota informativa sobre a constituição da Colecção Victor Bandeira: Em 1964/65 Victor Bandeira e Françoise Carel Bandeira, incentivados por Jorge Dias e Ernesto Veiga de Oliveira, e com o apoio do Centro de Estudos de Antropologia Cultural de Junta de Investigações do Ultramar e das autoridades brasileiras, empreenderam uma expedição à selva amazónica, com o objectivo de conhecer, por experiência e participação efectiva, as formas de comportamento, a cultura material e imaterial, os rituais, os ritos e as artes, dos grupos indígenas que habitavam nessa região. Durante a sua estada no terreno, o casal Bandeira, percorreu várias regiões do Brasil, Equador, Peru e Colômbia, e contactou com diferentes grupos de índios. Dessa investigação resultou uma extensa colecção de artefactos que documenta e exprime de um modo perfeito e completo todos os aspectos da vida e das concepções, dos ritos e da criação plástica dos vários grupos com quem estabeleceram relações, inúmeros registo visuais e sonoros, e um vasto conhecimento teórico sobre a vida, a cultura e arte dos ameríndios do Brasil. Esta colecção foi apresentada ao público em Outubro de 1966 nos Salões da Sociedade de Belas Artes de Lisboa, sob o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian e da Embaixada do Brasil. Em 1969 a colecção é adquirida pelo então Ministério do Ultramar, com a participação financeira da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação da Casa de Bragança e de alguns particulares devotados, a fim de ser entregue e incorporada no património do Museu Nacional de Etnologia. A colecção, constituída por cerca de 745 peças, abrange todas as classes de artefactos.
 
     
     
   
     
     
     
 
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