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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AN.225
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Instrumentos musicais
Denominação:
Zunidor
Autor:
Desconhecido
Datação:
XX d.C.
Matéria:
Madeira, tinta preta e branca
Dimensões (cm):
largura: 12; comprimento: 53;
Descrição:
Zunidor constituído por um segmento oblongo e plano, em madeira. Uma das extremidades é recortada em forma de forquilha e apresenta um orifício que em uso serve para passar um cordão que é frequentemente fixo a uma vara de madeira. É o movimento de rotação da peça sobre a cabeça do executante, que faz vibrar o ar, produzindo um zunido. Cada uma das faces da peça é ornamentada com um motivo geométrico composto por linhas angulares, um círculo concêntrico e uma faixa transversal preenchida com linhas rectas, linhas oblíquas, triângulos e losangos, pintado de cor preta sob uma superfície pintada de cor branca. A peça apresenta numa das faces vestígios de uma etiqueta adesiva.
Incorporação:
Compra - Anterior proprietário: Desconhecido
Proveniência:
Grupo Cultural: Mehinako. Coordenadas: Mato Grosso - Alto Xingu
Origem / Historial:
Na ficha manual a designação da peça é Bull-roarer ou Zumbidor, no entanto optei por utilizar a denominação Zunidor, após realizar uma pesquisa bibliografia, de observar peças semelhantes (na colecção Wauja do MNE) e por uma questão de uniformização de termos. "Os "Bull-Roarer", "Rhombos" ou zumbidores que os Kamayurá designam pela onomatopeia Wuri Wuri, produzem um som inesperado quando presos a uma varinha (género chicote) e accionados como uma ventoinha. Este instrumento que já existia na Grécia para o culto de Dionísios também existe noutras regiões do mundo (por exemplo, Nova Guiné), onde representa a voz dos espíritos, dos antepassados, do Deus e do Trovão, que as mulheres só podem ouvir mas nunca ver, nem sequer ter conhecimento de que esse som é produzido por um objecto. Na altura da iniciação, os jovens ouvem o ruído desses instrumentos agitados por homens que estão escondidos e uma das grandes revelações daquela cerimónia consiste em serem-lhes mostrados os objectos que produzem esse som "sobrenatural". No Xingu dizem também que serve para chamar "as almas dos peixes" e, assim, obterem boas pescarias. São os homens que fabricam estes instrumentos." (Arte do índio brasileiro; 1966) Nota informativa sobre a constituição da Colecção Victor Bandeira: Em 1964/65 Victor Bandeira e Françoise Carel Bandeira, incentivados por Jorge Dias e Ernesto Veiga de Oliveira, e com o apoio do Centro de Estudos de Antropologia Cultural de Junta de Investigações do Ultramar e das autoridades brasileiras, empreenderam uma expedição à selva amazónica, com o objectivo de conhecer, por experiência e participação efectiva, as formas de comportamento, a cultura material e imaterial, os rituais, os ritos e as artes, dos grupos indígenas que habitavam nessa região. Durante a sua estada no terreno, o casal Bandeira, percorreu várias regiões do Brasil, Equador, Peru e Colômbia, e contactou com diferentes grupos de índios. Dessa investigação resultou uma extensa colecção de artefactos que documenta e exprime de um modo perfeito e completo todos os aspectos da vida e das concepções, dos ritos e da criação plástica dos vários grupos com quem estabeleceram relações, inúmeros registo visuais e sonoros, e um vasto conhecimento teórico sobre a vida, a cultura e arte dos ameríndios do Brasil. Esta colecção foi apresentada ao público em Outubro de 1966 nos Salões da Sociedade de Belas Artes de Lisboa, sob o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian e da Embaixada do Brasil. Em 1969 a colecção é adquirida pelo então Ministério do Ultramar, com a participação financeira da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação da Casa de Bragança e de alguns particulares devotados, a fim de ser entregue e incorporada no património do Museu Nacional de Etnologia. A colecção, constituída por cerca de 745 peças, abrange todas as classes de artefactos.
 
     
     
   
     
     
     
 
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