MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contacts  separator  Help  separator  Links  separator  Site Map
 
Sunday, April 28, 2024    INTRODUCTION    ORIENTED RESEARCH    ADVANCED RESEARCH    ONLINE EXHIBITIONS    INVENTORY GUIDELINES 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
OBJECT DETAILS
Museum:
Museu Nacional do Traje e da Moda
Inventory number:
5259
Supercategory:
Arte
Category:
Traje
Name:
Leque/Feminino
Author:
Desconhecido
Date / Period:
1850 A.D - 1870 A.D
Material:
Madeira; papel; tecido; marfim; fio de seda lilás; fio de seda verde.
Technique:
Madeira lacada; papel pintado.
Measurments (cm):
height: 22,5 cm; width: 41,5 cm;
Description:
Leque oriental (leque Mandarim, de Mil Faces ou de Cabecinhas) com guardas e varetas de madeira recortada e lacada representando motivos figurativos em tons de dourado sobre fundo preto ("cabriolet"). Folha de papel pintado representando motivos figurativos com colagens de tecido e marfim. Aplicação de duas borlas de fios de seda lilás e verde.
Incorporation:
Compra - DGPC (Direcção Geral do Património Cultural)
Origin / History:
Os designados Leques Mandarim são também conhecidos por Leques de Cantão, Leques de Mil Faces ou Leques de Cabecinhas, devido à sua origem e decoração. Eram quase exclusivamente feitos para exportação para o mercado europeu através do porto de Cantão (actual Guangzhou). São conhecidos exemplos de leques chineses de exportação na Europa a partir de finais do século XVII mas é apenas a partir de meados do século XIX que os leques Mandarim são adoptados e tornam-se populares entre as senhoras que apreciam o exotismo representado nos trajes, penteados, arquitecturas e paisagens. Na China, os leques eram usados quer por homens quer por mulheres. O termo “Mandarim” refere-se ao oficial militar ou civil da China imperial. Foi inicialmente usado pelo colecionador Albert Jacquemart (1808-1875) para descrever peças chinesas, nomeadamente a popular porcelana e cerâmica de exportação no século XIX decorada com figuras de mandarins em painéis guarnecidos com flores e outros ornamentos. O termo “Mandarim” é hoje um termo comercial para designar quaisquer peças chinesas de exportação com decoração similar e influenciada pela porcelana chinesa, em particular a porcelana da “Família Rosa” com representação de figuras chinesas em diversas cenas, paisagens e interiores. Os leques Mandarim são montados com guardas e varetas lacadas de preto, dourado ou vermelho, marfim ou sândalo trabalhado, madrepérola, tartaruga ou filigrana de prata esmaltada. A madeira lacada era um dos materiais mais populares. O colo de madeira lacada de preto é densamente decorado com uma cena figurativa a dourado. São conhecidos exemplos de objectos lacados na China desde 1600 a. C. A técnica da laca usa a resina da árvore rhus vernicífera, um polímero natural, para formar um revestimento sólido e leve. Com a adição de pigmentos, mais vulgarmente o vermelho (sulfureto de mercúrio) e o preto (carvão), é usado para pintura e decoração de objectos diversos. Nos leques mandarim, é aplicada na estrutura uma folha dupla de papel pintada em ambas as faces com decoração policroma, representando figuras chinesas numa paisagem ou arquitectura, pavilhões, interiores palacianos e de corte, símbolos ou flores. As cenas são frequentemente inspiradas em cenas da vida na corte, histórias populares, literatura e acontecimentos históricos. As figuras são representadas com caras aplicadas de marfim, daí o designativo “leques de mil faces”, vestidas com roupas pintadas em grande detalhes ou com aplicação de sedas coloridas. A cena é usualmente emoldurada com motivos florais e simbólicos.
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Terms & Conditions  separator  Credits