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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu: Museu de Alberto Sampaio N.º de Inventário: MAS O 43 Denominação: Cruz processional Matéria: Prata branca e dourada Técnica: Relevada, fundida e cinzelada. Dimensões (cm): altura: 154,5; largura: 74; profundidade: 28; Descrição: Grande cruz processional em prata dourada com haste de secção circular assente em plinto quadrangular ornada de grinaldas e carrancas. O seu volumoso nó de secção hexagonal e marcada feição arquitectónica, com uma base decorada com troféus, apresenta três níveis distintos com nichos docelados em concha, arcarias e pináculos. No nível inferior de ambos os lados, sob baldaquinos, destacam-se as figuras, em vulto pleno, de Moisés e David. Nas seis faces surgem em nichos baixos-relevos representando a Paixão de Cristo. Nos botaréus encontram-se as pequenas figuras fundidas dos Doutores da Igreja (São Gregório Magno, São Jerónimo, Santo Ambrósio e Santo Agostinho). No segundo nível destacam-se em baixo relevo, Cristo, a Virgem, Salomé e o proferta Daniel, enquanto no terceiro, e último, baixos relevos representam a Pietá, a Ressurreição e os quatro evangelistas. A cruz tem perfil gótico, com extremos em flor-de-lis, sendo decorada com medalhões clássicos. A figura do crucificado é de prata dourada, sendo a cruz circundada por pequenos florões e os extremos rematados com outros, de maiores dimensões. Incorporação: Transferência - Transferência da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira, Guimarães.
Origem / Historial: Oferta do Cónego Gonçalo Anes à Colegiada de Guimarães. Falecido em 1540 a cruz apenas veio a estar terminada sete anos mais tarde. Segundo o inventário de 1585 a fábrica da Colegiada teria pago sessenta mil reis para a feitura da cruz tendo o Cónego Gonçalo Anes contribuído com todo o restante.
* Forma de Protecção: classificação;
Nível de classificação: interesse nacional;
Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei n.º 107/2001, de 8 Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas;
Legislação aplicável: Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro;
Acto Legislativo: Decreto; N.º 19/2006; 18/07/2006 *
Bibliografia | COUTO, João; GONÇALVES, António M. - A ourivesaria em Portugal. Lisboa: Livros Horizonte, 1960., pág. - | Encompassing the globe : Portugal and the world in the 16th & 17th centuries. Washington : Arthur M. Sackler Gallery, Smithsonian Institution, 2007., pág. - | GUIMARÃES, Alfredo - Exposição de Arte Sacra. Lisboa: Ed. Nação Portuguesa, 1928., pág. - | SANTOS, Manuela de Alcântara; SILVA, Nuno Vassallo e - A colecção de ourivesaria do Museu de Alberto Sampaio. Lisboa: Instituto Português de Museus, 1998., pág. 90-91 | GRAÇA, Manuel de Sampayo Pimentel Azevedo – Angelorum. Anjos em Portugal = Angels in Portugal. Guimarães: Museu de Alberto Sampaio, 2012., pág. 234-235 | PIMENTEL, António Filipe, A Arquitectura Imaginária: pintura, escultura, artes decorativas. Lisboa, Museu Nacional de Arte Antiga, Imprensa Nacional da Casa da Moeda, 2012. , pág. 90-91; 62-67;133 | |
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