N.º de Inventário:
MM Esp TA 3164
Denominação:
Retrato de Tomás Alcaide , "Werther", na ópera Werther
Centro de Fabrico:
Portugal
Dimensões (cm):
altura: 23,7; largura: 17,3;
Descrição:
Retratos de Tomás Alcaide , "Werther", na ópera Werther : Lisboa: Silva Nogueira, [1936]
série de duas fotografias pb;
2x (23,7 x 17,3 cm);
A primeira récita da ópera de Jules Massenet foi a 27 de Janeiro de 1933, no Grand Théâtre de Bordéus, com Germaine Pape, Lucienne Denat e Pierre Deldi sob a direcção do maestro Georges Razigade
Embora fosse costume os intérpretes de Werther usarem cabeleiras louras, Tomás Alcaide decidiu mandar fazer uma cabeleira castanha para si, contrariando o próprio encenador do espectáculo. Este insistia no carácter germânico da personagem e do autor e no costume estabelecido desde sempre entre todos os intérpretes do papel. Alcaide tinha lido, no prefácio de Sainte-Beauve de uma edição francesa da obra, que a mãe de Goethe teria afirmado algures que o filho quando jovem tinha os cabelos castanhos. Acabou então por convencer o encenador, o qual passou também a aconselhar os outros intérpretes do Werther a usarem cabeleiras castanhas.
Goethe retratou-se no Werther através da história de uma paixão infeliz da sua mocidade, alterando-lhe o final da história que seria ao gosto romântico da época para um final trágico.
Em Bordéus TA conhece o General Conde Albert de Chambrun e sua mulher a condessa Clara Longworth de Chambrun, de origem americana, notável escritora e especialista em estudos de Shakespeare. Estes eram melómanos e não perdiam espectáculos de ópera. Foram grandes amigos de TA e apresentaram-no a artistas importantes do mundo da música e não só. Em casa dos condes de Paris, TA conheceu Pierre Fresnay e a princesa Murat.
Incorporação:
Doação - Doação asra Rose Alcaide