Origin / History:
No século XVI, as violas distinguiam-se pela posição em que eram tocadas, as de gamba entre as pernas ou nos joelhos, consoante a dimensão do instrumento, as de braço (da braccio) encostadas à clavícula, à maneira do violino. Estas últimas são instrumentos da família dos violinos, com seis cordas e cravelhal encimado por cabeça esculpida.
As violas de amor, assim chamadas possivelmente pela ideia de fusão das duas ordens de cordas, evocadas pelo fenómeno acústico da ressonância simpática, ou talvez pela doçura do seu timbre, são instrumentos híbridos conhecidos desde finais do séc. XVII, sobretudo no sudoeste alemão. Caracterizam-se pelas suas cordas de arame, chamadas cordas simpáticas, que atravessam o cavalete rentes ao tampo harmónico e vibram em sincronia com as cordas melódicas, de tripa. As aberturas sonoras são em forma de C ou de chamas e o braço e cravelhal terminam normalmente em forma de cabeça de cupido ou de anjo, como é o caso da que está exposta. Têm a forma de uma viola da gamba pequena e a sua posição de tocar é idêntica à do violino, apoiadas no ombro. Bach empregou a viola de amor como instrumento de acompanhamento em algumas árias.