Origem / Historial:
O instrumento musical é composto por uma base de madeira sobre a qual um travessão metálico, em forma de arame grosso, sobreposto fixa as lamelas ao cepo, comprimindo este com uma forte prisão em gancho que atravessa a base. É assim dado o maior aperto possível às lamelas, em tensão, sobre um cavalete metálico, posto em cutelo, um pouco à frente do já referido travessão, e por baixo das mesmas, As lamelas estão dispostas num só nivel, em número de 23. A base do instrumento em madeira é escavado pela parte anterior, criando uma caixa de ressonância própria, incluindo-se, deste modo, este instrumento na família dos lamelofones dedilhados e na sub-categoria dos idiofones, instrumentos onde não há uma separação material entre o gerador de som, a caixa de ressonância e a estrutura, de tal modo que todo o objecto exerce simultaneamente todas as suas funções. Este tipo de instrumento é originário de África, onde se encontra bem difundido e representado sob diversas formas, tendo sido inclusivamente introduzido no Continente Americano, aquando do esclavagismo. O nome e a nomenclatura destes instrumentos etnológicos, tradicionais, varia de zona para zona, tal como a sua designação.
Quissange - Angola
Mandubua-!Kung - Angola
Mbira - Bantu - Moçambique
Sansa - Uganda
Os idiofones podem ser de percussão directa, quando o instrumento é percutido com as mãos ou baquetas, ou o próprio instrumento percute um objecto inerte (Xilofones, Gongs); de autopercussão, quando duas peças se entrechocam ou se autoraspam (castanholas, tréculas, marimbas). Podem ainda ser de vibração, quando lâminas ou varetas flexíveis presas a um suporte são estimuladas (sansas) ou de fricção (sarronca, rela, reco-reco). Estão incluídos neste grupo todos os instrumentos que, ao serem esfregados por acção da mão ou outro objecto, obtêm um resultado sonoro.