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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu da Música
N.º de Inventário:
MNM 0123
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Instrumentos musicais
Denominação:
Trompa
Título:
Trompa de Cilindros
Autor:
Wagner, Ernesto Victor
Local de Execução:
Portugal
Centro de Fabrico:
Portugal
Datação:
1880 d.C.
Matéria:
Níquel-prata, ouro, latão, madrepérola
Dimensões (cm):
diâmetro: 0=278;o=12.7; comprimento: C=578;
Descrição:
Aerofone com bocal cónico e válvulas: Três cilindros de rotação, o primeiro e o segundo marcados na alvanca das molas 1,2; fundamental relativa:fá-1 Tubo de quatro secções e componentes do sistema de cilindros, com três roscas amovíveis, em níquel-prata; pontaletes torneados em S e guarnições do mesmo metal; secção do bocal, virola na junta da secção da campânula, coroa da campânula,ganchos para as mãos e placas em ouro; botões dos cilindros em madrepérola;bocal original em latão.
Incorporação:
Outro - -
Origem / Historial:
Aerofones de bocal cónico, naturais e com válvulas As trompas São instrumentos com estas características a trompa de caça, a trompa natural, a trompa de roscas, também conhecida por trompa de harmonia, ou a trompa de pistões. Estes instrumentos são conhecidos na Europa desde tempos imemoriais. Na Idade Média, estavam associados quase exclusivamente às actividades militares e à caça. É a esta última actividade que se deve a designação trompa de caça que acompanhou o instrumento até finais do século XVII. Ao instrumento em causa correspondiam uma série de características que se alteram progressivamente durante o Renascimento. Na sua construção são abandonados os materiais de origem animal, começando a utilizar-se apenas metal, com o qual são ensaiadas diferentes formas e tipos de curvatura. Passa a possuir um tubo mais comprido e estreito que permite uma emissão mais precisa dos harmónicos do som fundamental. Em função destas alterações a trompa de caça passa a designar-se trompa natural, algo que acontece na segunda metade do século XVII. Apesar das alterações, a trompa, formada por um único tubo, continua a ser um instrumento limitado. É então que o trompista alemão Anton Joseph Hampel descobre (por volta de 1760) que a introdução de um objecto qualquer (ou da mão) no pavilhão permitia variar ligeiramente a altura do som. Porém, ainda antes desta descoberta, procuram aumentar-se as possibilidades da trompa, substituindo e adicionando tubos complementares de forma circular e diferentes comprimentos (pontis e roscas) que permitiam modificar o som fundamental. As possibilidades do instrumento, que então passa a ser conhecido por trompa de roscas ou de harmonia, aumentam consideravelmente. Este processo apresentava, no entanto, um inconveniente: o tempo necessário para a mudança das roscas que criava limitações composicionais. Depois de 1815, com a invenção dos pistões, baixando para mais ou para menos a série dos sons naturais, já é possível à trompa tocar todos os graus da escala cromática. Como consequência passa a ser designada trompa de pistões ou cromática.

Tipo

Descrição

Imagem

Heráldica/Insígnia

Armas Reais Portuguesas Armas Reais Portuguesas, do reinado de D. Luis I ( 1861 - 1889 ), suspensas no lado esquerdo do instrumento, por dois pontaletes simétricos, torneados em dupla espiral. A leitura das Armas Reais Portuguesas é rica, num trabalho de precisão em que estrias milimétricas possibilitam a correcta representação das cores dos metais e dos esmaltes heráldicos. Um escudo com bordadura de vermelho ( estrias verticais ), carregada com sete torres de ouro, ( três em cada lado, excepto no inferior ), apresenta no seu interior, em campo de prata, cinco escudetes de azul ( estrias horizontais ) postos em cruz, estando cada escudete carregado com cinco besantes ( peças circulares ), de prata, postos em sautor (nome dado heraldicamente à Cruz do martírio de Santo André, em forma de 'aspa', vulgo, em forma de 'X' ). Como Timbre tem a Coroa Real Portuguesa, coroa moderna e fechada, com cinco arcos visíveis de dupla curvatura, que nascem de outros tantos florões, reunindo-se numa esfera sobrepujada por uma cruz latina, tudo em ouro. Como suporte tem dois pontaletes simétricos, torneados em dupla espiral, que fazem a integração desta composição nas 'voltas de saída' do instrumento musical em questão. Tem ainda outros elementos meramente decorativos na parte superior da Coroa Real e na parte inferior do Escudo com as Armas Reais, sem qualquer significado que não ornamental. Incorre no erro, comum na heráldica das Armas Reais Portuguesas, durante e após as lutas liberais (circa 1820-1834 ), em que os sete castelos que deveriam aparecer representados na bordadura vermelha do escudo, são representados por sete torres. Esta aplicação, apresentando as Armas Reais Portuguesas, do Reinado de D. Luis I ( 1861 - 1889 ) , sustenta a hipótese do instrumento musical ter sido fabricado por Ernesto Victor Wagner ( 1826 - 1903 ), luthier em Lisboa, estando, inclusivamente suspensa, no lado direito do instrumento, uma chapa com a inscrição " Patent Wagner " - o instrumento é atribuído a cerca de 1880. Dr. Rodrigo da Camara Borges, 12/02

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