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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu da Música
N.º de Inventário:
MNM 0417
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Instrumentos musicais
Denominação:
Clavicórdio
Autores:
Carmo, Manuel do
Sousa Carneiro Senior, Manuel
Local de Execução:
Portugal - Porto
Centro de Fabrico:
Portugal
Datação:
1796 d.C.
Matéria:
Madeira de conífera, álamo, buxo, ameixoeira, latão, aço
Dimensões (cm):
altura: A=135(s/tampa);A=150(c/tampa); largura: L=440(s/tampa);L=455(c/tampa); comprimento: C=1410(s/tampa);C=1445(c/tampa);
Descrição:
Cordofones, com teclado, percutido com tangente: Portinhola com fechadura na ilharga frontal; tampa com duas dobradiças simples. Tampo harmónico em madeira de coniíera. Cavalete do tampo em f, de madeira de álamo?. Teclas naturais com capas em buxo e acidenatais em ameixoeira oxidada; braços em castanho e tangentes de espátula em latão. Oitenta e seis cravelhas dispostas em bloco, paralelas à ilharga esquerda e em fila enviesada para o interior. Quarenta e três pares de cordas em latão e em aço. Pinturas interior e exterior, de cor castanha imitando madeira natural. Âmbito:fá1-fá3 ( 61 teclas) não ligadas Fá1 - Si (19 notas) dó1=1014;dó2=756;dó3=[];dó4=[];dó5=[] Ligaduras:fá1 a si1,livres, dó-dó#, ré-mib, fá-fá#, sol-sol#, lá-sib aos pares com mi e si livres, fá5 livre
Incorporação:
Legado - Proveniente do Convento da Soledade, Setúbal, para a Colecção Lambertini
Origem / Historial:
Bem cultural móvel classificado como de interesse nacional (Tesouro Nacional) pelo Decreto n.º 19/2006, de 18 de Julho, e respectiva declaração de rectificação n.º 62/2006, de 15 de Setembro. Este clavicórdio pertenceu ao Convento da Soledade, em Setúbal. Em 1914 é mencionado como sendo proppriedade de Lambertini, cuja colecção de instrumentos foi integrada no Conservatório Nacional ( Lambertini 1914:45) O clavicórdio, em Portugal, nos séculos XV e XVI, assumiu um importante papel na prática musical nos conventos e igrejas. É de ressaltar o convento de Santa Cruz de Coimbra, um dos mais importantes centros musicais do País, com uma tradição secular ligada a uma considerável produção de artesanato instrumental, sobretudo na construção de cravos e clavicórdios. Foi nessa escola que Carlos Seixas, o mais importante cravista português do século XVIII, fez a sua formação musical. Se quisermos criar um conceito geral de clavicórdio português setecentista, poderemos indicar as seguintes características que valem também para todos os clavicórdios ibéricos: os instrumentos são portáteis, construídos de forma leve, mas sólida, em madeira de conífera e castanho, existentes em Portugal. Especialmente característica é a pintura exterior, num tom verde (merde d'oie), à qual corresponde a cor complementar vermelho tijolo nas partes internas. Os teclados são sempre incorporados, sendo as capas das teclas naturais de buxo e as acidentais de pau santo. O encordoamento é todo em latão, com duas cordas para cada tecla e um tampo harmónico relativamente pequeno. Produzem um som íntimo expressivo e muitíssimo animado, mas pouco volumoso. Estes instrumentos, aparentemente simples, vão ao encontro de uma técnica de toucher muito requintada, graças à configuração meticulosa das proporções das teclas e às relações mecânicas do balanço dos respectivos braços, demonstrando assim, por meio da concepção organológica, a sensibilidade e expressividade de uma época musical cheia de subtilezas. Com estas características, é de destacar a inestimável colecção de clavicórdios setecentistas das oficinas lisboetas e portuenses.
 
     
     
   
     
     
     
 
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