MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contactos  separador  Ajuda  separador  Links  separador  Mapa do Site
 
quinta-feira, 2 de maio de 2024    APRESENTAÇÃO    PESQUISA ORIENTADA    PESQUISA AVANÇADA    EXPOSIÇÕES ONLINE    NORMAS DE INVENTÁRIO 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu da Música
N.º de Inventário:
MNM 0415
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Instrumentos musicais
Denominação:
Clavicórdio
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Portugal
Centro de Fabrico:
Portugal
Datação:
XVIII d.C. - Depois de 1780, Segundo o Prof. Doderer
Matéria:
Madeira de conífera, madeira de nogueira, macacauba, pau-santo, latão, aço
Dimensões (cm):
altura: A=130(s/tampa);A=140-150(c/tampa); largura: L=345(s/c tampa); comprimento: C=1190(s/tampa);C=1210(c/tampa);
Descrição:
Clavicórdio de factura desconhecida, proveniente do Convento de Semide e que Keil adquiriu para a sua colecção. Apresenta um corpo onde exteriormente predomina a cor verde. Figura ainda, no interior da tampa, uma paisagem rural. O clavicórdio apresenta portinhola na ilharga frontal e tampa fixa, com duas dobradiças simples. O tampo harmónico é em madeira de conífera e possivelmente fruto de uma intervenção posterior à feitura. O cavalete do tampo em S estendido é em madeira de nogueira. As teclas diatónicas apresentam capas de macacaúba e as cromáticas são de pau-santo. Os braços, também em madeira de castanho, e as tangentes de espátula são em latão. Contam-se sessenta e três cravelhas paralelas à ilharga esquerda e em fila enviesada para o interior e trinta e um pares de cordas à qual se acrescenta uma corda simples, em latão e em aço. Estão em falta duas teclas correspondentes ao Si 4 e do Dó 5.
Incorporação:
Compra - Proveniente da Colecção Keil, adquirido pelo Conservatório Nacional em 1946 De acordo com Alfredo Keil, no "Catálogo de Instrumentos Antigos e Modernos", este instrumento é proveniente do Convento de Semide.
Origem / Historial:
Bem cultural móvel classificado como de interesse nacional (Tesouro Nacional) pelo Decreto n.º 19/2006, de 18 de Julho, e respectiva declaração de rectificação n.º 62/2006, de 15 de Setembro. Os clavicórdios portugueses Durante o séc. XV e XVI, o clavicórdio em Portugal assumiu um importante papel na prática musical nos conventos e igrejas. É de ressaltar o convento de Santa Cruz de Coimbra, um dos mais importantes centros musicais do País, com uma tradição secular ligada a uma considerável produção de artesanato instrumental, sobretudo na construção de cravos e clavicórdios. Foi nessa escola que Carlos Seixas, o mais importante cravista português do século XVIII, fez a sua formação musical. Se quisermos criar um conceito geral de clavicórdio português setecentista, poderemos indicar as seguintes características que valem também para todos os clavicórdios ibéricos: os instrumentos são portáteis, construídos de forma leve, mas sólida, em madeira de conífera e castanho, existentes em Portugal. Especialmente característica é a pintura exterior, num tom verde (merde d'oie), à qual corresponde a cor complementar vermelho tijolo nas partes internas. Os teclados são sempre incorporados, sendo as capas das teclas naturais de buxo e as acidentais de pau santo. O encordoamento é todo em latão, com duas cordas para cada tecla e um tampo harmónico relativamente pequeno. Produzem um som íntimo expressivo e muitíssimo animado, mas pouco volumoso. Estes instrumentos, aparentemente simples, vão ao encontro de uma técnica de toucher muito requintada, graças à configuração meticulosa das proporções das teclas e às relações mecânicas do balanço dos respectivos braços, demonstrando assim, por meio da concepção organológica, a sensibilidade e expressividade de uma época musical cheia de subtilezas. Com estas características, é de destacar a inestimável colecção de clavicórdios setecentistas das oficinas lisboetas e portuenses. Este objecto está relacionado com os seguintes objectos (2.0): Nº de inventário: clavicórdio nº 10; Denominação: Estudo do clavicórdio nº 10 feito por Gerhard Doderer;
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Termos e Condições  separador  Ficha Técnica