MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contactos  separador  Ajuda  separador  Links  separador  Mapa do Site
 
sábado, 11 de maio de 2024    APRESENTAÇÃO    PESQUISA ORIENTADA    PESQUISA AVANÇADA    EXPOSIÇÕES ONLINE    NORMAS DE INVENTÁRIO 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu da Música
N.º de Inventário:
MNM 0075
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Instrumentos musicais
Denominação:
Violino
Autor:
Galrão, Joaquim José ( fl. 1760-1794 )
Local de Execução:
Portugal - Lisboa
Centro de Fabrico:
Portugal
Datação:
1780 d.C.
Matéria:
Pinho de Flandres, ácer, ouro
Suporte:
O violino é um instrumento de quatro cordas friccionadas por arco. O corpo e a caixa de ressonância são construídos com madeiras de epícea ou ácer. Quase todos os violinos e violoncelos são feitos em ácer, excepto o tampo superior, que é feito com um tipo específico de pinho, chamado pinho da Flandres. Espruce ou epicea são os nomes mais correctos.
Técnica:
Artesanal
Dimensões (cm):
altura: a=28.5; largura: l1=164;l2=112;l3=204; comprimento: C=581;c=355;
Descrição:
Cordofone com cavalete e braço, friccionado com arco: Tampo de duas metades em pinho de Flandres. Costas de duas metades e ilhargas em ácer. Filetes duplos. Cabeça em voluta. Cravelhas com botões de ouro embutidos. Aberturas acústicas em ff.
Incorporação:
Outro - Proveniente da Colecção de D. Luis, Palácio da Ajuda; cedido ao Conservatório Nacional por decreto de 5 de Agosto de 1937; compra em 27.04.1960
Origem / Historial:
Este violino fazia parte da colecção da Casa Real Portuguesa, Palácio Nacional da Ajuda. Foi entregue ao Museu do Conservatório de Lisboa, por Despacho Ministerial, de 5 de Agosto de 1937( Inv. 431 ) ........................................ MNM 75 Violino Este instrumento pertenceu ao rei D. Luís, possuindo cravelhas com botões de ouro embutidos. O exemplar é referido no Diccionario Biographico de Musicos Portuguezes de Ernesto Vieira (edição de 1900), na seguinte descrição: “(…) Apezar de serem estimadíssimos e cotados por elevado preço os raros instrumentos de Galrão que teem apparecido, viveu elle bem obscuramente, pois que ainda não pude obter a seu respeito a mais insignificante noticia biographica. Apenas poderei, por agora, reproduzir o que se sabe pelos disticos dos instrumentos, nos quaes se lê a data em que os construiu (...) No museu de el-rei o senhor D. Carlos, creado por seu fallecido pae, guardam-se com grande estimação dois violinos, uma viola e um violoncello d'este fabricante, que tem a seguinte etiqueta: Joachim Joseph Galram, fecit Olesiponae 1769. (…)”. A arte dos instrumentos que Joaquim José Galrão produziu revela que não era um autodidata, mas não conhecemos nenhuma pista sobre a sua aprendizagem. No entanto, tanto o estilo de construção como a presença, na época, de músicos italianos na Capela Real, sugerem esta influência estrangeira como uma boa hipótese. Existem cinco instrumentos deste construtor na colecção do Museu Nacional da Música (dois violinos, dois violoncelos e uma viola de arco). Há também um violoncelo que se encontra no Conservatório Nacional, um violino no Conservatório do Porto, e são conhecidos mais três exemplares em coleções privadas. O violino MM 74 da colecção do Museu Nacional da Música é o instrumento mais recente deste grupo de sobreviventes (data de 1794), mas na etiqueta de um outro instrumento desta coleção (o violoncelo de 1797 do construtor Félix Dinis (?-1858), também em exposição, pode ler-se: Felis Antonio Dinis a fes em casa/da Viuva de Galram/ Anno de 1797. Deduz-se assim que Galrão terá falecido entre 1794 (data de execução do seu instrumento mais recente) e 1797 (data do violoncelo da autoria de Felis Antonio Dinis). Joaquim José Galrão é considerado o melhor construtor português de violinos e violoncelos do século XVIII. -------------------------- D. Luís, rei de Portugal (1838-1889), filho de D. Fernando, da Saxónia-Coburgo-Gota, e da rainha D. Maria II, subiu ao trono após a morte de seu irmão, D. Pedro V. Casou-se com a princesa Maria Pia de Sabóia. Dotado de sensibilidade artística, pintava, tocava piano e violoncelo, e compunha. Iniciou os seus estudos musicais com o Mestre Capela - Manuel Inocêncio Liberato dos Santos - incumbido do ensino da música aos infantes. Com o seu preceptor, o violoncelista visconde da Carreira, aprendeu violoncelo. Nos serões musicais familiares, tão ao gosto do século XIX, tocava piano ou violoncelo, enquanto seu pai, D. Fernando, cantava. Deslocava-se muitas vezes ao teatro São Carlos para assistir a espectáculos de ópera e organizava com regularidade concertos no palácio da Ajuda, em que também se assumia como executante. Como compositor, D. Luís deixou-nos algumas obras musicais: uma Avé Maria, uma Barcarola, uma Missa (a parte de violoncelo) e cinco valsas. Parte do seu acervo instrumental encontra-se, hoje, no Museu da Música. São de realçar o violoncelo Stradivari, um harmónio e o piano de Liszt (vendido a D. Maria II e por ela doado a Manuel Inocêncio dos Santos).
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Termos e Condições  separador  Ficha Técnica