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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional Soares dos Reis
N.º de Inventário:
1 Our Ped CMP/ MNSR
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Escultura
Denominação:
Escaravelho
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Egipto
Datação:
XV a.C. - XIII a.C. - Império Novo - XVIII-XIX dinastias
Matéria:
Pedra (basalto)
Técnica:
Escultura de vulto com pormenores incisos
Dimensões (cm):
altura: 3; largura: 4,2; comprimento: 6;
Descrição:
Escaravelho do coração contendo na base a versão 30B do capítulo 30 do "Livro dos mortos" com sete linhas separadas entre si por traços incisos. O coleóptero sagrado é de excelente feitura, com a cabeça e os clípeos bem marcados, com o prototórax e élitro diferenciados. As linhas incisas saparadoras são duplas. As patas estão assinaladas em relevo lateral. Tem uma pasta de lacre na base, cobrindo parcialmente o texto hieroglífico da segunda linha (observação em Julho de 1994).
Incorporação:
Depósito da Câmara Municipal do Porto no MNSR
Origem / Historial:
O coleccionador João Allen, à semelhança de muitos seus contemporâneos, deixou-se fascinar pela ideia do "grand tour" que incluía as ruínas de Herculano e Pompeia. Entre Setembro de 1826 e Maio de 1827 vindo de Paris viajou por Itália. Em Janeiro de 1828 envia do Porto ao seu correspondente em Roma uma carta de que nos resta o rascunho na qual menciona algumas das suas aquisições: "Como as coisas de Nápoles pesem é que eu tenho sido o mais mal sucedido possível […] pois que os 3 caixões que deixei ao seu cuidado fizesse (?) terem ficado no maior abandono o que de basta sinto principalmente pela Colecção de Minerais do Vesúvio que era muito completa e que pelo [que] passa tem andado aos trambolhões achando-se numa canastra aberta e ao deus dará em lugar do caixão bem acondicionado em que vinham, e também pelo que trazia alguns pequenos vasos antigos e medalhas de cobre gregas e romanas […]" Rascunho da carta enviada por João Allen ao seu correspondente em Roma, Jorge Heuzon, datado do Porto, a 8 de Janeiro de 1828, A.D.P.: PSS JÁ, Mç. 1, segundo SANTOS (p. 77 e 199) (V. bib.). Estas encomendas deverão ser as que já numa carta de Setembro de 1827 Jorge Heuzon refere nos seguintes termos: "[…] por motivo de Saúde não podia eu satisfazer aos desejos de V. S.ª lhe serem remettidos p.ª essa: Finalmente havendo o Expedicioneiro Trebby segundo o costume de todos os Mercantes de objectos d'artes sahido de Roma por não terem q. fazer até a estação em q. esperão os Estrangeiros, não podia eu também neste particular cumprir com as ordens de V. S.ª respeito a noticia q. V. S.ª procurava sobre o destino dos objectos q. deixou a Cargo do mesmo Expedicioneiro p.ª serem enviados p.ª Portugal […]" Carta de Jorge Heuzon, enviada de Roma a João Allen datada de 29 de Setembro de 1827, A.D.P.: PSS JÁ, Mç. 1, segundo SANTOS (p. 196) (V. bib.). O Inventário do Museu Allen realizado em 1849 por Joaquim de Santa Clara Sousa Pinto, José Vitorino Damásio e José António de Aguiar, organizado segundo o lugar que os objectos ocupam no edifício do Museu Allen, menciona na 2ª sala mostrador do meio, divisão esquerda ”Vários ídolos, figuras, etc.; Egypcias, etc. (…)”. (A.H.M.P.): 1178, Inventário de História Natural e Curiosidades pertencentes ao Museu Allen, por Joaquim de Santa Clara Sousa Pinto, José Vitorino Damásio e José António Aguiar, datado de 1 de Outubro de 1849. (Segundo Santos, 2005, p. 217). Não há notícia de que Allen tenha alguma vez visitado o Egipto. Roma foi, sobretudo na primeira metade do Século XIX, um importante mercado antiquário, alimentado pela espoliação algo selvagem das escavações no Egipto. É pois possível que J. Allen tenha adquirido a sua colecção egípcia em Roma durante a viagem de 1826-27. A colecção Allen foi adquirida pela Câmara Municipal do Porto em 1850 de onde resultou a constituição do Museu Municipal do Porto. Após a extinção deste em 1937 o seu acervo é depositado no então criado Museu Nacional de Soares dos Reis.
Marcas e Inscrições

Tipo

Descrição

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Inscrição

Osíris (...) [espaço em branco para ser colocado o nome do defunto]. Ó meu coração de minha mãe, ó coração da minha existência. Não te ergas contra mim como testemunha, não te oponhas perante os juízes da balança. Não conspurques o meu nome. Tu és o Ka que está no meu corpo. Tu és Khnum que robustece os meus membros. Vai para o belo lugar que nos está preparado (no Além) perante Uen-nefer (Osíris). No original o texto apresenta-se da direita para a esquerda A tradução publicada apresenta algumas diferenças, assim: Osíris (...) [espaço em branco para ser colocado o nome do defunto]. Ó meu coração de minha mãe, ó meu coração de minha mãe! Ó meu coração do meu ser. Não te ergas contra mim como testemunha, não te oponhas a mim em tribunal, não tornes fétido o meu nome para os assessores. Tu és o Ka que está no meu corpo. Tu és Khnum que robustece os meus membros. Vai para o belo lugar que nos está preparado lé (no Além) perante Uen-nefer (Osíris).

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