Origem / Historial:
Por despacho ministerial de 14 de Fevereiro de 1941, foi autorizada a transferência das peças arrecadadas na Casa Forte do Palácio das Necessidades, em Lisboa, para estudo, classificação e futura exposição no Museu Nacional Soares dos Reis. Deste trabalho foi incumbido o Conservador Auxiliar desse museu, José Rosas Júnior. Para o efeito, foi lavrado pelo Director Geral da Fazenda Pública o respetivo auto de entrega com data de 20 de Junho de 1941.
Inventariado com a verba número 377 do inventário da referida Casa Forte.
Este cofre, conjuntamente com um grupo relativamente numeroso de exemplares semelhantes existentes em coleções portuguesas, não apresenta qualquer característica que rigorosamente o relacione com uma função determinada. Sabe-se que alguns dos cofres de tartaruga que existem no País terão sido usados em conventos e igrejas para conter relíquias, o que de modo algum obsta a que outra fosse a sua função inicial, porventura mais diversificada, ou a que na sua origem estivesse uma encomenda civil.
A tipologia em que se enquadra foi classificada por José Jordão Felgueiras (José Jordão Felgueiras "Uma família de objectos preciosos do Guzarate", in A Herança de Rauluchantim. catálogo da exposição Lisboa, 1996) como pertencente a um conjunto de objectos produzidos no Guzarate. Tal atribuição resulta da comparação de fechos, dobradiças e elementos estruturais, cujo lavor da prata se assemelha, na interpretação dos motivos seleccionados e na qualidade da execução, à que se observa noutros cofres, comprovadamente provenientes desse local.