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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional Soares dos Reis
N.º de Inventário:
148/1 CMP/ MNSR
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Ourivesaria
Denominação:
Arrecada (par)
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Noroeste de Portugal
Datação:
300 a.C. - 2ª Idade do Ferro
Matéria:
Ouro com toque médio de 640 a 650 milésimos
Dimensões (cm):
altura: 7,1;
Descrição:
Arrecada em ouro, com coroa de forma circular aberta e apêndice triangular soldado. A parte superior é constituída por uma lâmina preenchida com caneluras concêntricas e delimitada por uma orla constituída por 8 fios de ouro, sendo os das extremidades cerrados; no anverso, foram soldadas 5 calotes de esfera delimitadas por fio soldado. O apêndice é constituído por duas lâminas soldadas, sendo cada uma delas preenchidas com "esferas" levantadas a matriz. A orla seria constituída por 5 fios, sendo o do meio "cerrado" e o das extremidades torcidas, encontrando-se actualmente partida em vários pontos.
Incorporação:
Depósito da Câmara Municipal do Porto no Museu Nacional de Soares dos Reis
Proveniência:
Monte de S. Felix, Póvoa de Varzim
Origem / Historial:
O par de Arrecadas foi achado casualmente em 1907, no Castro de Laúndos ou Monte de S. Félix, pertencente à freguesia de Laúndos (Póvoa de Varzim). A descoberta deste tesouro aconteceu quando o pedreiro Manuel da Silva Lage cavava uma vala para assentar os alicerces de uma casa. A dado momento deparou com um vaso em barro coberto por uma lage de xisto. No seu interior encontravam-se as duas arrecadas e um bolo com liga de prata e cobre. Segundo a representação que Ricardo Severo fez das mesmas na altura em que as estudou (1908), parece que apareceram inteiras. Hoje em dia ambas as peças apresentam separadas as partes distais e mediais, assim como também falta nas duas arrecadas, a esfera que deveriam ter como remate tal como nos mostram as Arrecadas de Estela e a de Afife (Viana do Castelo). Entram no Museu Municipal por aquisição tal como relata Rocha Peixoto, Director daquela instituição, num Ofício dirigido ao Presiente da CMP em Outubro de 1907. No verso da ficha de Inventário do Museu Municipal lê-se: "Estas (2) joias, foram retiradas d vitrine nº 27, por motivo do inventário-geral, para serem relacionadas./ Pesaram-se, e encontrou-se-lhes o seguinte peso em conjunto: gramas, 32,98; em seguida, o Director do Museu, Sr. Júlio Brandão, guardou-as no cofre existente no seu gabinete. Em 23 de Setembro de 1938." Em 1940, conjuntamente com todo o espólio do extinto Museu Municipal do Porto, dá entrada em regime de depósito, no Museu Nacional de Soares dos Reis, de acordo com o estipulado no Decreto-Lei 27.879 de 21 de Julho de 1937. Foram conteúdo para um estudo de análise metalúrgica pelo alemão Axel Hartmann em 1971.

Bibliografia

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CARDOZO, Mário - Jóias áureas proto-históricas da Citânia de Briteiros. Revista de Guimarães: 43 (1-3), Jan-Set, 1938, pág. 39-40

CARDOZO, Mário - Notícia de duas arrecadas de ouro antigas. Revista de Guimarães, 46 (3-4), Jul - Dez: 1956, pág. 449-462, fig. 5-1

Catálogo Guia do MNSR - Jóias, Pratas, Relógios, Miniaturas, Esmaltes e Diversos. Porto: Museu Nacional de Soares dos Reis, 1942, pág. 5, nº 4

CHAVES, Luís - Modelo arcaico de ourivesaria popular. As Arrecadas. Ourivesaria Portuguesa. Revista Oficial do Grémio dos Industriais de Ourivesaria do Norte, nº 1, pág. 74-76

CUEVILLAS, F. López - Las joyas castreñas. Madrid: [s/n], 1951, pág. 79-80

FREIJEIRO, A. Blanco - Orígen y relaciones de la orfebreria castreña.. Santiago de Compostela: [s/n], Cuadernos de Estudios Gallegos, 1957, pág. 288-289

GOMES, José Manuel Flores; Deolinda Carneiro - Subtus Montis Terroso. Património Arqueológico no concelho da Póvoa de Varzim. Póvoa de Varzim: Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, 2005, pág. 203-205

HARTMANN, Axel - Análises de alguns objectos pré-históricos de ouro, procedentes do Norte de Portugal. in Revista de Guimarães, vol. LXXXI, 1-2: 1971, pág. 129-138, fig. 4

HENRIQUES, Eugenio - Um Logar de Honra. Notas sobre a ourivesaria Portuguesa. Porto: Officinas de O Commercio do Porto, 1922, pág. 6

LACERDA, Aarão de - História da Arte em Portugal. Porto: Portucalense Editora, 1942, pág. 47, fig. 31

OUTEIRIÑO, Bieito Perez - De ourivesaria castrexa. I. Arracadas. Ourense: Boletin Avriense. Museu Arqueológico Provincial, 1982, pág. 64-70

OUTEIRIÑO, Bieito Pérez - Ourivesaria Castrexa. A importância do ouro no mundo antigo. Vila Nova de Gaia: Revista do Gabinete de História e Arqueologia, 1985, pág. 167-183

PEIXOTO, Rocha - A Cividade de Terroso. Benemeritos da Archeologia. As explorações da Cividade de Terroso e do Castro de Laundos, no concelho da Póvoa de Varzim.. Póvoa de Varzim: 3 (2), 1964, pág. 309-313

SEVERO, Ricardo - As arrecadas d'ouro do Castro de Laundos.. Portugália. Porto Imprenza Portuguesa: 1905-1908, pág. 403-412, est. XXXI

SILVA, Armando Ferreira da - A cultura castreja no noroeste de Portugal. Paços de Ferreira: 1986, pág. 262-263, est. CXVIII - 6-7

SOUSA, Gonçalo Vasconcelos e - Ourivesaria castreja em Portugal I. Porto: Universidade Portucalense, 1991, pág. -

 
     
     
   
     
     
     
 
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