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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional Soares dos Reis
N.º de Inventário:
145 Our CMP/ MNSR
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Ourivesaria
Denominação:
Colar
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Noroeste de Portugal
Grupo Cultural:
Cultura Castreja
Datação:
300 a.C. - 2ª Idade do Ferro
Matéria:
Ouro com toque de 0,600
Técnica:
Lâmina fina dobrada em caixa oca e soldada; decoração estampada
Dimensões (cm):
comprimento: 96,5;
Descrição:
Colar articulado de ouro com pendentes e decorado. Conjunto de sessenta e sete peças essencialmente agrupadas em cinco tipos diferentes: quatro deles, utilizando como base o prisma rectangular, executado numa fina folha dobrada e depois soldada num paralelipípedo oco, variam na aplicação de diferentes motivos decorativos geométricos levantados a punção ou soldados; alguns associam câmpanulas e pingentes. Nestes últimos, a suspensão faz-se mediante dois pequenos aros. Oito contas bicónicas, formadas por duas lâminas finas dobradas em tronco de cone, soldadas pela base maior com decoração a punção no interior, completam o agrupamento das peças integrantes.
Incorporação:
Depósito da Câmara Municipal do Porto no Museu Nacional de Soares dos Reis
Proveniência:
Vila Mendo.
Origem / Historial:
Nos limites dos concelhos da Póvoa de Varzim e Esposende, no lugar de Vila de D. Mendo, freguesia povoense de Estela, quando na mira de encontrarem tesouros escondidos alguns individuos rasgavam profundas valas numa bouça, surgiu-lhes à profundidade de 80 a 90 cm «um pucaro pequeno e barrigudo», contendo o achado a que comummente se passou a designar por «Tesouro de Estela», que se constitui para além do Colar, de um par de arrecadas, a cabeça de um torques muito incompleto e de granitos de matéria prima, cortados em talhadeira profissional. O Colar já estava bastante deteriorado em 1908, no momento do achado. Compunha-se de 67 peças em grau variável de conservação, sendo difícil de precisar as causas que terão contribuído para as deteriorações, quer anteriores à inumação, quer posteriores ao seu encontro. Na altura o peso total era de 37 Gr. José Fortes, na revista Portugália (v. Bibliografia), relata o critério a que obedeceu a sua reconstituição: "Comprehende-se que um acervo de 67 peças diversas se presta a multiplas combinações para a ordenação definitiva d´um collar; falhando o padrão typico, é justa a apprehensão de ir parar a um arranjo de elementos que não traduza o plano artistico do aurifice protohistorico e antes corresponda arbitrariamente ao nosso gosto, moderno e occasional. Com o colaborador artistico assentamos na disposição photogravada (est. XXXVIII), reconhecendo contudo, bem expressamente, que d´outras reconstituições eram susceptiveis as peças em estudo, e outras de facto obtivemos sem todavia se abonarem com decisivas razões de preferência. Entretanto não foi o mero capricho que nos inspirou: trabalhou-se com certos dados seguros. Assim, é indiscutivel a localização das duas peças terminais; certa a posição absluta attribuida ás outras - como forçada pela linha dos canevões e até justificada pelo bracelete etrusco do Louvre, de placas rectangulares, (...); em homenagem ao equilibrio da joia, também não se duvidará de que o centro seria marcado com uma peça de dous pingentes, unico elemento do collar em numero impar d´exemplares; bem assim de que os dous lados tinham de ser simetricos. Não repugnará por fim que às partes menos decoradas, sendo em maior numero, coubesse a função de intermediarias, para separação e destaque das outras, e ás peças de pingentes, mais ornamentaes, a localisação no trecho central do custoso atavio. (...) Esta distribuição acabou por ser aceite a posteriori, mantendo-se até aos dias de hoje. Segundo o relato de José Fortes publicado na mesma Revista Portugália de Maio de 1908, à excepção do fragmento de torques, todas as restantes peças do "Tesouro de Estela" dão entrada no Museu Municipal do Porto a 20 de Abril de 1908 após uma fase de negociações pecuniárias com um ourives da Póvoa, de nome Americo Augusto da Silva, que estava na posse das mesmas. No verso de uma ficha de Inventário do antigo Museu Municipal lê-se: "Esta joia, que estava exposta na vitrine nº 27, foi dali retirada por motivo do Inventário, para ser relacionada; / Pesou-se, encontrando-se o seguinte peso: Grs. 36,14./ Esta operação realizou-se em 23 de Setembro de 1938, e em seguida a JOIA foi guardada no cofre do gabinete da Direcção do Museu, pelo Sr. Júlio Brandão. / No final do inventário, esta joia deverá voltar a ser exposta na mesma vitrine nº 27, da "Sala C". / Nota: Fazem parte deste mesmo "COLAR", dezasseis (16) fragmentos do mesmo metal, alguns dos quais, minusculos. / Tudo incluido no peso acima indicado." Em 1940, conjuntamente com todo o espólio do extinto Museu Municipal do Porto, dá entrada em regime de depósito, no Museu Nacional de Soares dos Reis. Em 1958, ao ser enviado para a Exposição Universal em Bruxelas, no Ofício Lº 22, nº 46 de 5 de Março, há uma nota em que é feita a contagem das várias tipologias de peças que compôem o colar e que corresponde ao nº que se vê numa fotografia inserida no dossier técnico (s/d. com o nº de cliché 107 do Arquivo de Fotografia do MNSR): 21 campainhas; 30 elos; 20 medalhas; 8 contas e 2 fechos.
 
     
     
   
     
     
     
 
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