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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional Soares dos Reis
N.º de Inventário:
88 Esc CMP/ MNSR
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Escultura
Denominação:
Sarcófago romano
Título:
Sarcófago das Quatro Estações
Autor:
Desconhecido
Datação:
III d.C. - IV d.C.
Matéria:
Pedra (mármore sacaróide)
Técnica:
Esculpido
Dimensões (cm):
altura: 64; largura: 194; profundidade: 62;
Descrição:
Arca tumular decorada na face principal com um baixo-relevo alegórico centrando-se numa efígie romana, tendo a face posterior lisa. O friso descreve as Quatro Estações do Ano, tendo gravado ao centro o retrato do tumulado, num medalhão circular sustentado por duas vitórias aladas e sob o qual se vê uma junta de bois que arrasta o arado, guiada por um lavrador. As duas figuras aladas estão ladeadas pelos Génios das Estações: Primavera e Outono à direita de uma delas, Estio e Inverno à esquerda da outra. Entre os dois primeiros Génios situa-se um Fauno enquanto entre os dois últimos está uma figura feminina de feições africanas. No extremo esquerdo do friso um pastor toca uma flauta de Pan e no extremo oposto dois jovens pisam uvas numa dorna, de mãos dadas. O retratado era pessoa grada pois detém na sua mão esquerda o "volumen" emblemático da magistratura municipal. A obra exibe interesse escultural de feição clássica onde pode ler-se um significado religioso que diz respeito ao mistério da vida eterna. Em apoio desta ideia vem a alusão ao culto romano de Baco (ou Dionísio para os gregos), através dos símbolos báquicos das cenas de vindimas e lagares, evocativos dos prazeres de uma vida além-túmulo. A arca tumular assenta em dois suportes de pedra.
Incorporação:
Outro - Depósito da Câmara Municipal do Porto no Museu Nacional de Soares dos Reis
Origem / Historial:
Exemplar encontrado em 1840 no Monte da Azinheira (Reguengos), na região de Évora, no Alentejo, tendo sido posteriormente adquirido pela Câmara do Porto para o seu Museu Municipal. Em 1867 o director daquele museu, Eduardo Allen, publica a descoberta num opúsculo editado no Porto. Extinto o Museu Municipal em 1937, o sarcófago foi depositado pela Câmara Municipal do Porto no Museu Nacional de Soares dos Reis (Dec.-Lei 27.879, de 21 de Julho de 1937).

Bibliografia

ABREU, Marques - "Sarcófago Romano". Arte. Porto: Typographia Universal, 7.º ano, n.º 79 (Jul. 1911), pp. 51-54. , pág. -

ALARCÃO, Jorge - Portugal Romano. Lisboa: Verbo, 1973, pág. 202

ALLEN, Eduardo - Noticia e descripção de um Sarcophago Romano descoberto ha annos no Alemtejo e recentemente comprado pela cidade do Porto para o seu Museu Municipal, pelo Director do mesmo Museu. Porto: Typographia do Commercio do Porto, 1867., pág. -

GARCIA Y BELLIDO, A. - Esculturas Romanas de España y Portugal. Madrid: Consejo Superior de Investigaciones Cientificas, 1949, pág. 264-267 (lâm. 215-217).

Museu Nacional de Soares dos Reis - Secção Lapidar. Catálogo-Guia (2.ª ed.). Porto: Imprensa Moderna Lda, 1952, pág. 6

PEIXOTO, Rocha - Guia do Museu Municipal do Porto. Porto: Typographia Central, 1902, pág. XXIII, XXIV.

RIOS, Amador de los - "Museo Español de Antiguidades", t. II, pág. 235 e segg.

SANT0S, Paula M. Mesquita Leite - "Escultura". In Museu Nacional de Soares dos Reis. Roteiro da Colecção. [s.n.]: IPM, 2001, pp. 94-117. , pág. 94 (E 1)

VASCONCELOS, José Leite de - "Religiões da Lusitânia na parte que principalmente se refere a Portugal". Lisboa: Imprensa Nacional, 1913, pág. 383-386

MORAIS, Rui - "Um legado familiar: o sarcófago romano do Monte da Azinheira". In João Allen - colecionar o mundo (cat. exp. MNSR 29 jun.-30 set. 2018). [S.l]: DGPC/ MNSR/ Blue Book, pp. 278-84.

 
     
     
   
     
     
     
 
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