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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu: Museu Nacional Soares dos Reis N.º de Inventário: 104 Tex CMP/ MNSR Datação: 1701 d.C. - 1750 d.C. Matéria: Tecido: fio de seda branco; lâmina metálica prateada.
Bordado: fio laminado metálico dourado com alma de seda, simples e crespo; lâmina metálica dourada (prata dourada?); material de enchimento.
Galão: fio metálico dourado com alma de seda amarela.
Tecido do forro: fio de seda branco. Suporte: Lhama de seda branca, prateada. Técnica: Tecido: lhama.
Galão bordado e galão tecido.
Forro: tafetá.
Bordado directo, com diversos pontos de bordado a ouro. Dimensões (cm): altura: 112; largura: 73; 48,5; Descrição: Casula de forma ligeiramente recortada na frente, com as costas a direito, e base com os cantos arredondados.
Em lhama de seda branca, prateada, apresenta uma decoração exuberante, num bordado a fio metálico dourado, que a preenche integralmente, numa variedade de motivos estilizados de inspiração floral, fitomórficos, concheados e entrelaçados.
Neste traçado destacam-se os sebastos, em forma de cruz na frente e em pilar nas costas, sublinhados por um galão bordado. Com idêntico galão é também definido o decote em bico, francamente mais pronunciado na frente, onde se apresenta truncado. Na bordadura tem como remate um galão de passamanaria dourado, estreito, rendado no lado exterior.
O forro é em seda branca (não é original). Incorporação: Depósito da Câmara Municipal do Porto no Museu Nacional de Soares dos Reis.
No entanto, devemos registar o seguinte:
O Paço Episcopal do Porto com o seu recheio, foi nacionalizado aquando da instauração da República. O edifício foi alugado pelo Estado à CMP, que aí permaneceu por 50 anos até estar concluído o actual edifício.
O recheio permaneceu no edifício do antigo paço episcopal.
Em meados do séc XX, o mesmo Estado, decidiu depositá-lo no Museu Soares dos Reis sob a direção de Vasco Valente.
É pois digno de nota e perplexidade, que esta peça, que tudo indica seja a mesma que consta do Arrolamento do Recheio do Paço, de 1915, não tenha transitado juntamente com as outras peças, e tenha entrado aproximadamente na mesma época, mas...como depósito da Câmara, a qual nunca foi proprietária do recheio (MLG 2023)
Origem / Historial:
Paço episcopal do Porto? Poderá ser a Casula dourada e relevada, referida no Arrolamento dos Bens do Paço, de 1915, na sequência da Lei de Separação do Estado e da Igreja, como tendo sido do bispo D. José Maria da Fonseca e Évora.
Entrou no MNSR, como depósito da CMP, após a extinção do Museu Municipal.
O acervo do Museu Municipal do Porto foi depositado no Museu Nacional de Soares dos Reis em 1940/41, conforme o disposto no Decreto-Lei 27.879 de21 de Julho de 1937. Previamente, em 1938/39, foi feito um inventário geral, do qual consta esta peça,sem indicação de proveniência. Não consta de nenhum inventário parcial da CMP.
No entanto, devemos registar o seguinte:
O Paço Episcopal do Porto com o seu recheio, foi nacionalizado aquando da instauração da República. O edifício foi alugado pelo Estado à CMP, que aí permaneceu por 50 anos até estar concluído o actual edifício.
O recheio permaneceu no edifício do antigo paço episcopal.
Em meados do séc XX, o mesmo Estado, decidiu depositá-lo no Museu Soares dos Reis sob a direção de Vasco Valente.
É pois digno de nota e perplexidade, que esta peça, que tudo indica seja a mesma que consta do Arrolamento do Recheio do Paço, de 1915, não tenha transitado juntamente com as outras peças, em meados do séc XX, e tenha entrado aproximadamente na mesma época, mas...como depósito da Câmara, que nunca foi proprietária do recheio (MLG 2023)
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