MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contacts  separator  Help  separator  Links  separator  Site Map
 
Monday, April 29, 2024    INTRODUCTION    ORIENTED RESEARCH    ADVANCED RESEARCH    ONLINE EXHIBITIONS    INVENTORY GUIDELINES 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
OBJECT DETAILS
Museum:
Museu Nacional Soares dos Reis
Inventory number:
24 Div MNSR
Supercategory:
Arte
Category:
Mobiliário
Name:
Púlpito
Author:
Desconhecido
Production Place:
Portugal
Manufacture Center:
Portugal
Date / Period:
1521 A.D - 1550 A.D - Transição do período gótico - renascentista
Material:
Madeira de carvalho do Norte, originária do Báltico; pinho; castanho (?); tola; metais, liga de ferro (?), aço; pigmentos de tons terra
Technique:
Madeira entalhada
Measurments (cm):
height: 237; diameter: 110;
Description:
Púlpito de forma hexagonal, evocando a forma de um cálice, constituído por base, coluna e caixa, composto por painéis. O móvel é destinado à pregação, com estrutura desmontável, podendo ter servido como móvel de campanha. A peça é representante da transição do Gótico para o Renascimento: a par da existência de elementos góticos, encontram-se elementos que o ligam ao formulário renascentista na talha dos painéis. A forma da base é comum entre os púlpitos góticos. Apresenta ainda elementos góticos decorativos em dois pontos, na base e arestas dos painéis. Na base figuram animais fantásticos, quadrúpedes de dorso arqueado, ornamentos associados ao imaginário medieval, em forma de "SS" adossados aos perfis das molduras, e ainda nas arestas, separando os painéis, figuram três delicados pináculos. O vocabulário renascentista encontra-se executado em dois dos painéis, em talha baixa: folhagens e vasos clássicos, taças de gomos, grotescos bem delineados visíveis nos dragões fantásticos e nas cornucópias dispostas em simetria. A representação, caracterizadamente renascentista, segue o ornamento de candelabro, um eixo vertical formado pela sobreposição de objectos diversos, e ladeado por folhagens laterais simétricas, que incluem também, neste caso, figuras imaginárias. Os restantes quatro painéis da caixa não são originais: não apresentam decoração, e são compostos por tábuas de madeira diferente dos restantes. A qualidade de execução decorativa reporta-se a fontes de linguagem erudita de repertório flamengo, onde se filiam importantes cadeirais da época que provavelmente actuaram como referência para as restante artes da madeira.
Incorporation:
Compra - António de Moraes, Porto.
Origin / History:
As informações acerca do historial desta peça são díspares e contraditórias. Documentalmente, e por elementos disponíveis no arquivo do Museu, são registados os dois últimos proprietários, António Brandão de Carvalho, da Casa de Calves em Beiriz, e o último, António de Moraes, que actuou como intermediário na transacção que efectuou ao Museu em 1937. Este apenas terá adquirido a peça em hasta pública à Companhia de Crédito Predial, liquidatária dos bens de António Brandão de Carvalho. Outra informação, não documental, dirigida em carta pelo então director do Museu a Robert Smith, refere que o Púlpito poderá ter pertencido a uma igreja de Vila do Conde. A informação aponta como base, o facto da peça ter pertencido à Casa de Calves, em Beiriz. Robert Smith segue esta orientação(SMITH, 1968), associando os animais fantásticos da base do púlpito a quimeras existentes no cadeiral do coro alto do Convento de Santa Clara, de Vila do Conde. Contraditoriamente a esta opinião, existe ainda uma informação não documentada no Museu, a qual associa este móvel como tendo pertencido a S. Francisco Xavier, que o utilizava nas pregações em missionação na Índia. Bernardo Ferrão (FERRÃO, 1990) refere um documento que descreve "Hum pulpito oitavado de madeira entalhada com pee the o chão obra antigua no qual se diz haver pregado São Fancisco Xavier", documento datado de 1706, relativo ao Inventário dos bens de D. Catarina de Bragança, do Paço da Bemposta, mas dificilmente se provaria tratar-se do mesmo móvel. Bernardo Ferrão refere ainda que a peça terá pertencido à Casa de Abrantes, sendo posteriormente adquirido pela familia Brandão Miranda, Beiriz. O autor informa ainda que a peça foi identificada pelo então marquês de Abrantes, que informou ter pertencido à Igreja de Santos-o-Velho, de Lisboa.
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Terms & Conditions  separator  Credits