Museu:
Museu dos Biscainhos
N.º de Inventário:
1295 (f, g) MB
Denominação:
Pente de adorno de cabelo (par)
Datação:
XIX d.C. - Século XIX
Matéria:
Tartaruga (?), marfim (?).
Considera-se a possibilidade de consistência sintética das matérias estruturantes.
Dimensões (cm):
altura: 14,1; largura: cerca de 8,5;
Descrição:
Par de pentes de adorno de cabelo de senhora, em tartaruga (?) e marfim (?), concretizado de forma convexa visando a eficácia de uma melhor penetração e fixação entre os cabelos e acompanhando o recorte arredondado da cabeça.
Os objetos definem pentes modelados nas matérias prima supra-citadas de que nascem cinco longos dentes verticais e afunilados, sendo os das extremidades um pouco mais largos; a parte superior apresenta uma feição expressivamente decorativa, sendo sugestiva de uma pluma em cujos lóbulos da extremidade foram embutidos elementos volutiformes estilizados, em marfim (?); na área central foi introduzido um tratamento ornamental por vazamento desenhando um recorte de flâmula contendo um ornato flordelizado do qual evoluem enrolamentos vegetalistas.
Sendo duas peças iguais poderiam garantir um penteado de solução simétrica.
O pente de adorno na História ocidental mais recente destacou-se no contexto do traje feminino do século XVII, como travessa geralmente convexa que servia simultaneamente como elemento funcional e ornamental. Ao longo dos tempos, os joalheiros concretizaram pentes de luxo, em prata, ouro e gemas, particularmente no século XIX, período em que este adereço se vulgarizou entre as damas europeias.
Os pentes mais comuns eram fabricados pelos penteeiros ou penteadores. Os materiais utilizados foram o chifre, o marfim, a tartaruga, a madeira de buxo, o metal; mais tardiamente com o avanço científico, foi possivel endurecer a goma elástica ou borracha (ebonite ou vulcanite). No século XX foram fabricadas peças nas matérias tradicionais assim como produzidas sinteticamente.
Inventariação de Teresa d'Almeida d?eça| MUSEU DOS BISCAINHOS
Incorporação:
Doação - Doação da Senhora Dona Maria Delfina Adelaide Gomes da Silva e Matos de Sousa Cardoso (Braga)