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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu dos Biscainhos
N.º de Inventário:
2744 (a, b) MB
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Traje
Denominação:
Vestido
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Presumivelmente Portugal.
Centro de Fabrico:
Presumivelmente Portugal.
Datação:
1875 d.C. - 1876 d.C. - Século XIX, segunda metade.
Matéria:
Tecido de seda natural cor-de-pérola estampada com listras castanhas; tecido de seda natural castanha; tecido de linho branco; tela branca engomada; sete varetas; seis botões forrados de seda; pasta de algodão para acolchoamento; fita de tecido do estreito de algodão.
Dimensões (cm):
altura: corpete 42; saia 105; largura: ombros 44; cintura 60; comprimento: manga 54;
Descrição:
Vestido de senhora composto por duas peças confeccionadas em tecido de seda natural cor-de-pérola, estampada com listras verticais castanhas, e ornamentado com aplicações em tecido de seda natural castanha, entre outras. O corpo é constituído por cinco panos, dois frontais e três dorsais, com abertura anterior ajustável através de seis botões forrados a seda natural castanha e de três colchetes metálicos; apresenta decote subido, liso e sem gola; a partir da área central anterior recebe uma guarnição em forma de um pequeno folho de machos, em tecido de seda natural castanha que, avança simétricamente, em zig-zag para ambos os lados, acompanhando o ombro até à axila do lado das costas; as mangas são compridas e lisas. Interiormente, a peça é forrada a tecido de linho mercerizado, acolchoado na zona do peito com enchimento que se presume de pasta de algodão, e armada com sete varetas de barba de baleia, cinco à frente e duas nas ilhargas. As reduzidas dimensões da cintura denunciam a moda do espartilho. A saia é comprida até aos pés, estruturada através de sete panos, lisa à frente e com roda na parte posterior obtida por pregas; o cós é reforçado por fita de tecido de algodão branco, e uma algibeira, em tecido de linho da mesma cor, enquadra-se internamente na área frontal; a parte média anterior e laterais são guarnecidas por cinco tiras verticais do tecido estrutural, avivadas lateralmente pelo pequeno folho castanho, sendo a central enriquecida com a aplicação de um dupla tira pregueada realizada na mesma seda listrada, e que se apresenta forrada de tela branca; na parte posterior insere-se uma aba que se sobrepõe à saia, muito rodada, debruada pelo citado ornato castanho e formando um duplo volume. Esta face dorsal seria armada através de uma “tournure”. Glossário| “Tournure”|A “tournure” consistiu num novo sistema de armação interior que visava o avolumar do vulto feminino, mas com incidência dorsal ao nível dos rins. Resumidamente, poder-se-á descrever como um saiote concebido para, à semelhança da crinolina, receber barbas de baleia ou tiras muito finas de aço, que permitiam a definição de volumetrias que sustinham e ampliavam os efeitos de amplos e pesados drapeados, dando-lhes sustentabilidade e leveza. As primeiras “tournures” lançaram-se entre 1869 a 1876, seguindo-se um interregno até cerca de 1881, sendo retomadas a partir de então até 1887, para caírem em desuso substituídas por um ligeiro acolchoamento à volta das ancas, no período da criação da silhueta em S (Charles Frederick Worth), do final de oitocentos até aos primeiros ano século seguinte.
Incorporação:
Doação - Doação do Senhor Dr. António Alberto de Magalhães Barros Lançós Cerqueira Queiroz| Colecção Senhora Dona Maria da Purificação de Araújo e Brito Lima da Rocha Aguiam, da Casa da Ponte, Arcos de Valdevez.
Origem / Historial:
Posteriormente ao falecimento da Senhora Dona Maria da Purificação de Araújo e Brito Lima da Rocha Aguiã, o seu marido, o Senhor Dr. António Alberto de Magalhães Barros Lançós Cerqueira Queiroz fez doação ao Museu dos Biscainhos, de um importante núcleo de Traje Civil português, que pertencera à família da sua esposa, de que o vestido em análise faz parte integrante.
 
     
     
   
     
     
     
 
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