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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Dr. Joaquim Manso
N.º de Inventário:
99 Des.
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Desenho
Título:
Título desconhecido
Autor:
Araújo, Roberto
Datação:
XX d.C.
Suporte:
Papel
Técnica:
Tinta da china
Dimensões (cm):
altura: 33,2; largura: 32;
Descrição:
Composição de aspecto triangular, constituída por quatro figuras femininas. A figura central está de pé, em plano de fundo, usando o barrete republicano e direccionando a cabeça para o lado esquerdo; à sua frente, apoia-se outra figura feminina com um seio descoberto, de braços erguidos ao alto, com uma algema em cada punho. Em plano inferior e ladeando as figuras centrais, estão duas figuras sentadas, que olham para cima; a da esquerda, ostenta uma espada com ambas as mãos. Todas as figuras são, exteriormente, contornadas por sombreado.
Incorporação:
Doação - Doado por Eng. Pedro Manso Lefèvre, filho de Joaquim Manso
Origem / Historial:
Este desenho fazia parte da coleção do Dr. Joaquim Manso, jornalista fundador e diretor do "Diário de Lisboa". Pintor e ilustrador, aluno da Escola de Belas Artes de Lisboa e de cenografia no Conservatório Nacional de Teatro, Roberto Araújo (1909-1969) foi autor de cenários e decorações para várias companhias de teatro e filmes, como “O Pai Tirano” e o “Pátio das Cantigas”, depois de se ter iniciado com a peça “Divórcio”, de Ilda Stichini, em 1933. Em 1934, ganha o 1º Prémio de Ilustração num concurso da Junta de Educação Nacional e, como bolseiro, visita Espanha, Bélgica e Alemanha. Foi professor na Escola de Artes Decorativas António Arroio. Em 1931, casa­se com a filha de César Porto, Manuela Porto (1912­1950), escritora, jornalista e atriz conhecida pelo seu ativismo na defesa dos direitos da mulher e opositora ao regime salazarista, sendo também colaboradora do jornal “Diário de Lisboa”. Na esteira de seus pais, Araújo Pereira e Emília de Araújo Pereira, Roberto Araújo teve uma postura ativa contra a ditadura do Estado Novo, sendo muitas das suas obras protestos contra as medidas tomadas pela ditadura. Ainda que não seja conhecida a motivação subjacente à produção deste desenho, destinando-se porventura a um fim ilustrativo ou cenográfico, ele aproxima-se deste intento de protesto, evocando um grito de revolta e tentativa de libertação, que remete ainda para a célebre pintura de Eugène Delacroix, “A Liberdade Guiando o Povo”, inspiradora da iconografia republicana de vários países, incluindo da portuguesa.
 
     
     
   
     
     
     
 
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