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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Dr. Joaquim Manso
N.º de Inventário:
871 Fot.
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Fotografia
Título:
Laranjo, Joaquim Brilhante, Valeriano e Hilarião
Datação:
1907 d.C.
Suporte:
Vidro
Dimensões (cm):
altura: 18; largura: 13;
Descrição:
Retrato de quatro homens, todos com bigode e fato completo, à entrada de uma adega ou taberna. Dispõem-se em redor de uma mesa redonda, com três garrafas e um copo de vinho, e de vários barris. A figura da esquerda ergue o seu copo e direcciona o olhar ligeiramente para a direita. As restantes personagens posam para a fotografia, olhando directamente para o fotógrafo.
Incorporação:
Doação - Doada por embaixador Álvaro Laborinho, filho do autor. Despachos da SEC de 14.4.1988 e do Secretário dos Assuntos Fiscais de 1.6.1988.
Origem / Historial:
Esta imagem, cujo título é dado pelo autor, regista algumas das figuras associadas ao movimento republicano na Nazaré, no início do século XX. Ainda durante a Monarquia, várias figuras da Nazaré aderiram ao crescente movimento republicano, desenvolvendo numerosas acções no sentido da divulgação dos novos ideais e da possível implantação da República. Fizeram-se os primeiros comícios e conferências, trazendo à localidade alguns nomes que ainda perduram na memória colectiva, como Ramada Curto, conhecido advogado, Pires de Campos, Afonso Ferreira, Lopes Pelago e o general Estrela de Leiria. Dos locais distinguiram-se, entre outros, António Gomes Ascenso, presidente da Comissão Republicana da Nazaré, José Pedro, Álvaro Laborinho, Joaquim Brilhante, Albertino Victorino Laranjo e Teixeira Freire. A Comissão Administrativa em 1912 era composta por João Duarte Vieira, farmacêutico; Manuel Ferreira Canadas, comerciante; Joaquim Baptista Laranjo; comerciante; Fortunato da Silva Pimpão; comerciante; Armando Laborinho, comerciante e João de Sousa Júnior, também comerciante. A primeira bandeira republicana na Nazaré regista-se em Dezembro de 1910, por iniciativa e oferta de Alfredo Santos, sócio da fábrica de conservas “Alfredo Santos & Bravo”. A cerimónia teve lugar na própria fábrica, onde foi içada a nova bandeira portuguesa, verde e rubra. Após insistentes pedidos aos órgãos de governo competentes e que remontam ainda ao tempo da Monarquia, em 1912, por decreto de Manuel de Arriaga, o concelho da Pederneira passa a denominar-se “concelho da Nazaré”. Com a República, esta vila piscatória conhece alguns melhoramentos sócio-culturais, nomeadamente na educação, no teatro e na organização de actividades ligadas à cultura. Celebram-se as festas do “Dia da Árvore” e o espírito republicano reflecte-se em vários aspectos do quotidiano piscatório, incluindo nos registos de embarcações, cujas denominações evidenciavam a matriz política dos seus proprietários. Citam-se como exemplo as embarcações “Bernardino Machado”, “Guerra Junqueiro” e “António José d’Almeida” (1908), “Cerco Republicano” (1913), “Pinheiro Chagas” e “República” (1914), de que o Museu Dr. Joaquim Manso possui algumas miniaturas. Álvaro Laborinho, fotógrafo amador da Nazaré, foi também um republicano convicto, indo propositadamente a Lisboa para oferecer os seus préstimos a António José de Almeida. Foi um dos intervenientes na fundação do Centro Republicano Português na Nazaré, sendo bastante participativo em várias actividades políticas e na organização de comícios republicanos. Com o seu olhar fotográfico, registou assiduamente algumas das figuras e momentos emblemáticos vividos na Nazaré durante a época de implantação da República. (Mais informação em "A Implantação da República na Nazaré" - selecção de artigos de jornais para a exposição homóloga, disponível para consulta em http://mdjm-nazare.blogspot.com, Objecto do Mês de Outubro 2010).
 
     
     
   
     
     
     
 
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