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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Dr. Joaquim Manso
N.º de Inventário:
3 Esc.
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Escultura
Título:
São Sebastião
Autor:
Desconhecido
Datação:
XV d.C. - Gótico
Matéria:
Pedra calcária
Dimensões (cm):
altura: 95; largura: 40; espessura: 26;
Descrição:
Escultura em pedra representando o mártir São Sebastião, de corpo inteiro, de pé, rosto emoldurado por cabelo ondulado, distribuído simetricamente, veste calções, amarrado com os braços atrás, a um tronco que lhe serve também de base. Revela vestígios da sua iconografia mais conhecida, com os orifícios das suas habituais setas (em número de 19). Vestígios de fractura ao nível da bacia (já restaurada). Descrição pormenorizada em "Descoberta e estudo de imagens religiosas em S. Gião, Famalicão da Nazaré e Alfeizerão (Estremadura), in "Actas das I Jornadas Arqueológicas", Lisboa, 1969, Vol. II, p. 427 a 430.
Incorporação:
Outro - Recolha de Eduíno Borges Garcia na Igreja de São Gião, em Famalicão da Nazaré.
Proveniência:
São Gião, Nazaré
Origem / Historial:
Imagem encontrada numa vala aberta a meio da nave central da Igreja de São Gião, Nazaré, igreja classificada como Monumento Nacional dado ser considerada um dos templos cristãos mais antigos no atual território português e mesmo da Península Ibérica. São Sebastião é um santo muito celebrado por todo o país, por se associar à proteção contra as pestes e epidemias, havendo muitas igrejas e capelas com altares sob a sua invocação. O mártir São Sebastião é representado de acordo com uma iconografia medieval, tardo gótica, com o rosto emoldurado por cabelo cingido por fita na testa e com madeixas onduladas e distribuídas simetricamente, vestindo calções ajustados ao centro por cordão com laço ("lac d’amour" - símbolo da união do homem a Deus). De pé e numa posição frontal rígida, tem as mãos atrás das costas, amarradas ao tronco martirial que lhe serve também de base. Apresenta múltiplos orifícios onde estariam aplicadas as setas do martírio. Observam-se vestígios de pintura, demonstrando que a imagem foi inicialmente policromada. Acompanhando a evolução do gosto artístico e das reformas litúrgicas, a rigidez medieval foi dando lugar a um maior naturalismo e movimento anatómico, e a pedra foi sendo substituída pela madeira. Quando as imagens deixavam de cumprir os preceitos litúrgicos ou se encontravam danificadas eram frequentemente enterradas, para serem substituídas por outras, possivelmente o que sucedeu a esta escultura, que veio a ser encontrada por Eduíno Borges Garcia nas campanhas arqueológicas em S. Gião e integrou a coleção do Museu Dr. Joaquim Manso aquando a sua organização e abertura ao público (1976).
 
     
     
   
     
     
     
 
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