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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Dr. Joaquim Manso
N.º de Inventário:
57 Arq.
Supercategoria:
Arqueologia
Categoria:
Utensílios líticos e sub-produtos de talhe
Denominação:
Biface acheulense
Datação:
Antes Presente
Matéria:
Silex
Dimensões (cm):
altura: 5; largura: 8,6; comprimento: 15,3;
Descrição:
Biface acheulense, lanceolado, de ponta
Incorporação:
Doação - Doação dos Serv. Geológicos de Portugal
Proveniência:
?.
Origem / Historial:
Pederneiras O sílex, também conhecido por pederneira, é uma rocha de origem sedimentar silicatada, constituída em grande parte por quartzo microcristalino ou criptocristalino (de grão muito fino) mas pode conter também calcedónia ou opala, uma variedade amorfa e hidratada de sílica e ocasionalmente pequenas quantidades de calcite, gesso, óxidos de ferro e restos de substâncias orgânicas. É uma rocha muito dura e com densidade elevada e apresenta-se geralmente compacta, de cor cinzenta, negra e vermelha. Com fractura concoidal, ocorre sob a forma de nódulos, lentículas, massas ou camadas em formações calcárias. Pode ter origem orgânica, de origem biológica não combustíveis, formada de carapaças siliciosas de organismos marinhos ou inorgânica, por precipitação química de sílica coloidal ou ainda ter origem em fenómenos de substituição química de rochas preexistente. Na pré-história o sílex era utilizado para fabricar utensílios, confecção de armas como pontas de lança ou de flechas e utensílios de corte devido à sua grande dureza e a seu corte incisivo, produzindo arestas afiadas quando fracturada. Era também comum a sua utilização como isqueiro primitivo para acender o fogo, uma vez que o sílex é capaz de produzir centelhas quando percutido ou friccionado por peças de metal, em especial o ferro. Foi também muito utilizado em peças antigas de artilharia, como espingardas e isqueiros (pederneiras). Estes sílices ou pederneiras provêm de uma jazida paleolítica identificada na região da praia do Norte e no Pinhal da Nossa Senhora da Nazaré e que hoje fazem parte do espólio arqueológico do Museu Etnográfico e Arqueológico Dr. Joaquim Manso (parte desta colecção foi recolhida durante o curso de Iniciação à Arqueologia realizada na década de 90 sob orientação do Dr. Veiga Ferreira). Estes sílices (um núcleo Levalloisense, um biface Acheulense e uma lasca Taiacense) provêm de uma formação geológica bastante próxima, uma camada de sílex que se encontra na escarpa marítima do Cretácico superior do Promontório do Sítio da Nazaré e que poderá ter sido um excelente recurso natural desta matéria-prima facilmente disponível. É possível que a origem do topónimo Pederneira, que terá dado nome a esta Vila, esteja associado ao tronco-fóssil encontrado na região e que terá sido utilizado pelo Homem do Neolítico como menir com significado mágico e mais tarde como pelourinho, símbolo popular da soberania local. Este fóssil de um tronco de uma Conífera é uma formação siliciosa constituída precisamente por sílex, a pedra do fogo. Mª Laura Anastácio
 
     
     
   
     
     
     
 
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