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OBJECT DETAILS
Museum: Museu Nacional de Arte Antiga Inventory number: 13/111 Ilum Title: Antífona de Santo Antão Author: Oficina de Simon Bening Workshop: Oficina de Simão Bening Date / Period: 1530 A.D - 1534 A.D Technique: Pintura a têmpera e ouro Measurments (cm): height: 13,3; width: 9,8; Description: Fólio 111.
A iluminura tem um enquadramento à maneira de moldura, em tons de castanho e dourado, a imitar madeira. Sobre ela é aplicada um outro quadro, com o mesmo tipo de enquadramento, onde se inicia a oração. Este é escrito em latim, com caracteres góticos, a vermelho e preto. O texto apresenta duas iniciais iluminadas. A primeira "A" é pintada em tons de rosa e branco sobre um fundo rectangular laranja. A segunda "D" é pintada da mesma cor, mas num fundo quadrangular. Ambas as iniciais são decoradas com motivos vegetalistas a imitar ramos e folhas de acanto.
A primeira letra inscreve-se numa vinheta historiada com fundo quadrangular no canto superior direito. Nesta é representada a falsa ascensão de Santo Antão aos céus por demónios que o agridem.
No topo da tarja direita é representado um enquadramento arquitectónico gótico. À direita, Santo Antão encontra-se na presença de S. Paulo eremita, vendo-se o corvo que lhes enviou o pão para que se pudessem alimentar. No bas-de-page, Santo Antão de terço na mão tem na sua frente duas senhoras diabólicas que o tentam, vestidas à moda quinhentista. Uma delas segura uma taça na mão. Atrás do santo, vê-se uma pequena ermida. Na tarja esquerda, Santo Antão é curado pela intercepção divina, que surge envolta numa mancha dourada, das feridas causadas pelos demónios.
Incorporation: Transferência - Palácio das Necessidades
Origin / History: Este Livro de Horas é tradicionalmente atribuído à Oficina de Simão de Bening. Esta atribuição resulta dos estudos comparativos com outras obras realizadas por este iluminador, como o Breviário de Grimani (Biblioteca Marciana, Veneza).
Quanto ao destinatário, alguns estudiosos relacionam este códice como uma oferta de Damião de Góis a D. Catarina, e outros como pertencente ao infante D. Fernando. Ambas as posições podem ser contestadas pela representação das Armas Reais Portuguesas no fólio 1v. Dagoberto Markl avança com a hipótese de se tratar de uma encomenda do próprio rei, D. João III.
Segundo a inscrição no fólio 1v., a actual encadernação foi feita em Paris, em 1755.
Este Livro de Horas, pertencente às Colecções Reais, foi transferido para o Museu Nacional de Arte Antiga, proveniente do Palácio das Necessidades, no arrolamento dos bens reais.
Bibliography | SANTOS, Reynaldo dos - "Iluminura Manuelina" in Oito Séculos de Arte Portuguesa - História e Espírito, vol. III. Lisboa: Empresa Nacional de Publicidad, 1970, pág. - | BEAUMONT, Maria Alice - "Livro de Horas" in Observador, nº64. Lisboa: 5.5.1972, pág. - | GUSMÃO, Adriano de - "Século XVI Iluminura " Cap. Os Primitivos e a Renascença in Arte Portuguesa/Pintura,vol. publicado sobre a direcção de João Barreira. Lisboa: Excelcior, s/d, pág. - | DIAS, Pedro; SERRÃO, Vítor - "A Pintura, a Iluminura e a Gravura dos Primeiros Tempos do Século XVI", in História da Arte em Portugal, vol. 5 - "O Manuelino". Lisboa: Alfa, 1986, pág. - | |
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