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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arte Antiga
N.º de Inventário:
14/234v. Ilum
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Denominação:
Livro de Horas
Título:
Horas da Cruz - Crucificação de Cristo
Autor:
António de Holanda, atribuído a
Datação:
1517 d.C. - 1551 d.C.
Suporte:
Pergaminho
Técnica:
Pintura a têmpera e ouro
Dimensões (cm):
altura: 14, 2; largura: 10, 8;
Descrição:
Fólio 234 verso. Esta iluminura, incluída nas Horas da Cruz, de forma rectangular ocupa praticamente toda a folha do livro. Tem um enquadramento à maneira de moldura em tons de castanho e dourado, formando um segundo quadro, onde é representada a cena principal. No topo deste e nas tarjas a moldura forma um arco com uma decoração arquitectónica gótica. A composição desta iluminura faz-nos lembrar um mini-retábulo, cujo painel central é Cristo na Cruz, e nos laterais (tarja esquerda e inferior) estão representadas sete cenas da Paixão, com as respectivas legendas. No quadro principal é retratada a cena da Crucificação de Cristo. Jesus, ao centro, pregado na cruz, é ladeado pelos dois ladrões, também eles crucificados. À direita, estão vários soldados que ostentam as suas armas. Maria Madalena, de joelhos, abraça a cruz de Cristo. À direita, S. João ampara a Virgem nos seus braços; permanecendo atrás de si duas Santas Mulheres. No canto inferior esquerdo, está representada uma caveira no chão. Ao fundo figuram vários palácios e castelos e no céu as nuvens são muito escuras, reforçando o dramatismo da cena. Na tarja da direita, são representadas várias janelas góticas. Na tarja esquerda, de cima para baixo, como pequenos quadros emoldurados com legendas estão representadas as várias cenas da Paixão: Jesus no Horto; Prisão de Cristo; Jesus é levado ao Sinédrio. Na tarja inferior, da esquerda para a direita: Jesus perante Pilatos; Flagelação de Cristo; Coroação de Espinhos; os soldados mostram a cruz.
Incorporação:
Transferência - Proveniente do Palácio das Necessidades
Origem / Historial:
A execução do Livro de Horas dito de D. Manuel prolongou-se por vários anos. Segundo o texto do fólio 1, ter-se-á iniciado em 1517, mas provavelmente só terá sido concluído após 1551, ano em que se procedeu à trasladação dos restos mortais do rei D. Manuel I, para o Mosteiro dos Jerónimos, durante o reinado de D. João III (Moura, 1999). Estudos mais recentes revelam a hipótese deste livro ter sido encomendado por Damião de Góis ao iluminador António de Holanda, residente, na época, em Portugal (Moura, 1999). Apesar da influência Ganto-Brugense, o Livro de Horas dito de D. Manuel caracteriza-se por uma iconografia com elementos portugueses que lhe confere originalidade relativamente a outros códices da mesma escola (Markl, 1983). Este Livro de Horas pertenceu às Colecções Reais, sabendo-se que esteve na posse de D. Fernando Saxe-Coburgo. Foi transferido do Palácio das Necessidades para o Museu Nacional de Arte Antiga, em 1915, no arrolamento dos bens reais.
 
     
     
   
     
     
     
 
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