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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arte Antiga
N.º de Inventário:
1511 Mov
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Mobiliário
Denominação:
Secretária de cilindro
Autor:
Jean Henri Riesener
Local de Execução:
França
Centro de Fabrico:
Paris
Oficina / Fabricante:
Jean Henri Riesener (1734-1806), me. 1768
Datação:
XVIII d.C.
Matéria:
Carvalho, pau santo, pau rosa, ébano, "citronier", faia, bronze e marroquim negro.
Técnica:
Estrutura executada em carvalho, sendo a superfície marchetada em espinhado de pau rosa, emoldurada a pau santo; Fundo dos medalhões circulares das ilhargas em faia, com monograma embutido executado noutra madeira; aplicações em bronze cinzelado e dourado; marroquim gravado com ferros de ouro.
Dimensões (cm):
altura: 119; largura: 145; profundidade: 84,5;
Descrição:
Secretária de cilindro constituída por dois corpos: um alçado superior, formado pelo cilindro propriamente dito, e o inferior por uma secretária com caixa com gavetas e quatro pernas levemente galbadas. No topo do cilindro um pequeno alçado com três gavetas paralelas, estreitas, sendo que a do meio, a maior, contém uma estante de leitura móvel, forrada com marroquim negro; a da direita apresenta-se compartimentada com porta penas, tinteiro e areeiro. O cilindro, espécie de estore, recolhe ao interior do corpo, ao mesmo tempo que faz avançar uma prancheta, forrada a marroquim negro, quando se ergue o estore, deixando a descoberto a fábrica constituída por uma estante móvel compartimentada, colocada entre quatro gavetas (duas com segredo). Na frente do móvel, no corpo inferior, apresenta uma gaveta central com esconderijo, ladeada por duas gavetas sobrepostas. Em cada ilharga, ao nível do tampo, possui um estirador e uma gavetinha com divisórias para tinteiro, areeiro e penas. O cilindro apresenta a superfície marchetada em espinhado, decoração que no topo e nas costas do móvel se apresenta compartimentada em reservas, sendo a central preenchida com um esquema de losangos, esquema que se repete nas ilhargas; nestas, observam-se medalhões circulares com um monograma inscrito: letras AB entrelaçadas. Os bronzes cinzelados emolduram as arestas do móvel: no topo, formam uma balaustrada, interrompida na frente e formada por um esquema repetitivo de óvulos vazados; as arestas dianteiras do cilindro são percorridas por uma moldura de ramagem naturalista que arranca de um leque de folhas, até se elevar e entrelaçar no topo de modo a formar o apoio de dois candelabros de dois lumes; estes são formados por um prato com rebordo gomado, assente numa corola, cachimbo decorado com gomos em negativo rematado por arendela com friso perlado. Nas ilhargas do corpo inferior, os medalhões são emoldurados por perlados, fitas e folhas de loureiro; nas arestas do corpo inferior, os bronzes desenvolvem-se a partir de mísulas com festões desenvolvendo-se em perlados nas arestas dianteiras das pernas, enquanto nas arestas laterais apresenta uma moldura de folhagem que se prolonga pela frente do móvel; os pés apresentam-se calçados por bronzes em garra com folhagem, assentando sobre rodízios. As argolas dos puxadores apresentam a forma de uma coroa de louros, e o espelho é formado por um florão.
Incorporação:
Doação - Calouste Sarkis Gulbenkian
Origem / Historial:
Jean Henri Riesener, ébéniste a quem é atribuída a autoria deste móvel, nasceu em Gladbeck, na Renânia, tendo ido para Paris onde desenvolve a sua actividade. A partir de 1754 trabalha na oficina do grande mestre Jean-François Oeben, onde chega a ocupar o cargo de chefe da oficina até assumir a sua direcção após a morte do mestre, casando com a viúva de Oeben. Torna-se mestre em 1768 e, no ano seguinte termina uma obra de Oeben - precisamente uma secretária de cilindro, encomendada por Luís XV -, que lhe valeu o título de "ébéniste ordinaire du Gard-Meuble de la Couronne". Alcança grande fama, contando-se entre a sua clientela figuras importantes da corte. Em 1774, sucede a Joubert como "maître ébéniste de la Couronne". Seguem-se dez anos de produção de grande qualidade, aliás a melhor, executando várias secretárias de cilindro semelhantes à do Museu, peças que revelam a intromissão de motivos ornamentais típicos do "estilo Luís XVI", acompanhando as novas formas próprias deste estilo. A secretária terá sido encomendada por um dos descendentes de Samuel Bernard, Conde de Coubert, tendo-se mantido nas mãos de particulares, em França, até à sua aquisição por Calouste Gulbenkian em 1928 na Galerie G. Petit (pertencia a Mme La Verteville e a correspondência trocada aquando da transacção guarda-se no arquivo Gulbenkian). Em 1952 é doada ao MNAA (cf. Coutinho, 1994). * Forma de Protecção: classificação; Nível de Classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; Nº 19/2006;18/07/2006 *
 
     
     
   
     
     
     
 
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