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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arte Antiga
N.º de Inventário:
3 Esc
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Escultura
Denominação:
Última Ceia
Título:
Última Ceia
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Portugal
Oficina / Fabricante:
do Norte
Datação:
XVII d.C.
Matéria:
Madeira
Técnica:
Baixo relevo. Dourado, estofado e policromado. Moldura entalhada e dourada.
Dimensões (cm):
altura: 127; largura: 169; profundidade: 12;
Descrição:
Painel rectangular esculpido em baixo relevo com a representação da Última Ceia, enquadrado por moldura entalhada e dourada de folhas e fitas. A composição organiza-se na horizontal, com três registos. O fundo, servindo de registo superior, abre-se em três arcos abatidos sobre pilastras a enquadrarem, nos dois laterais, duas aberturas de vergas rectas. O arco central enquadra Cristo nimbado e aureolado, de braço direito erguido e mão abençoando, ao centro da mesa, já no segundo registo. Neste registo intermédio agrupam-se as figuras dos Apóstolos a rodear Cristo: cinco do lado direito, dois sentados, de perfil, na parte posterior da mesa, e os outros três do lado anterior, apontando para o centro. Do lado esquerdo distribuem-se os restantes Apóstolos, um deitado sobre o peito de Cristo, quatro na parte de trás da mesa e dois sentados, do lado posterior. Judas, com o saco de moedas, tem aos pés a figura do demónio a tocar-lhe a perna. Sobre a mesa dispõem-se uma taça, dois pães, duas facas, um jarro e, ao centro, um prato com o cordeiro. Os Apóstolos envergam túnicas abotoadas e com golas sobre os mantos. Os cabelos e as barbas são trabalhados em caracóis largos e longos. Policromia com dominantes castanho, dourado, vermelho e negro.
Incorporação:
Transferência - Transferência (Conventos extintos). Braga, Convento dos Remédios (1).
Iconografia e Heráldica

Tipo

Descrição

Imagem

Iconografia

CARVALHO, Maria João Vilhena de, "Última Ceia", in Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa, Edições Inapa, 1999, cat. 85, pp. 206-207: "Neste painel trabalhado em baixo relevo encontramos dois dos referentes fundamentais da escultura portuguesa do século XVII. Esculpido em madeira e com moldura em talha dourada, ele espelha a opção por este suporte que se vem fazendo sentir desde o final do século de Quinhentos, tanto nos novos programas artísticos como na substituição de obras anteriores produzidas preferencialmente em pedra. Por outro lado, embora se situe sob o signo da espiritualidade reformada em Trento, subjaz ao nível da imagem e da composição uma cultura figurativa que bebe ainda das principais fontes do Renascimento, inspirando-se nas gravuras de Marcoantonio Raimondi e de Dürer que já haviam ganho fortuna em pleno século XVI e que continuavam a fazer parte quer do repertório oficinal, quer do gosto dos mecenas eclesiásticos. A composição é a consagrada por Leonardo e Rafael, com a distribuição horizontal das personagens pela mesa enquadradas, no plano anterior, pela estrutura arquitectónica do cenáculo. O fundo do painel, com a função de registo superior, abre-se em três arcos abatidos sobre pilastras a emoldurarem, nos dois laterais, duas aberturas de vergas rectas, únicos apontamentos da chã linguagem arquitectónica contemporânea, inventariáveis em qualquer refeitório conventual português. O entalhador cruzou depois pormenores da Última Ceia de Marcoantonio Raimondi, gravada segundo Rafael, com a Última Ceia da Grande Paixão de Dürer (1510). O arco central enquadra Cristo, nimbado e aureolado, ao centro da mesa, de braço direito erguido e mão abençoando. Neste mesmo registo agrupam-se as figuras dos Apóstolos a rodearem Jesus. Cinco colocam-se do lado direito, dois sentados de perfil na parte posterior da mesa e os outros três do lado anterior, apontando para o centro, num gesto retomado de Raimondi. Do lado esquerdo, distribuem-se os restantes Apóstolos. João está deitado sobre o peito de Cristo, cópia invertida do mesmo pormenor gravado por Dürer. Do mesmo lado, em plano mais avançado, surge Judas retratado com o saco de moedas na mão e a figura do demónio aos pés, aqui na tradução ingénua do Evangelho de São João (13, 27) que anuncia a infidelidade:«Depois do pão, entrou nele Satanás».Sobre a mesa dispõem-se objectos com significado na liturgia eucarística, os alimentos simbólicos e, ao centro, o prato com o cordeiro."

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