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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arte Antiga
N.º de Inventário:
93 Our
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Ourivesaria
Denominação:
Porta-Paz
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Portugal
Centro de Fabrico:
Portugal (?)
Oficina / Fabricante:
Não determinado
Entidade Emissora:
Não determinado
Grupo Cultural:
Não determinado
Datação:
1520 d.C. - 1530 d.C. - Moderna
Matéria:
Prata
Técnica:
Prata fundida, cinzelada, relevada e incisa
Dimensões (cm):
altura: 56; largura: 29,3;
Descrição:
Porta-paz em prata assente numa base rectangular contruindo-se a sua estrutura em três registos. na base, dois anjos seguram um brasão com as chagas de Cristo, sendo este sobrepujado pelas chagas de Cristo. A cena central organiza-se em forma de retábulo comportando uma estrutura ediculada à volta da qual se articula uma complexa formação de feixes de pilastas e arcarias típicas do gótico final, terminando num remate em forma de docel recortado em pequenos botaréus, ligados por traceria ogival. Ao centro da peça, a Virgem, esculpida em meio vulto e inserida me nicho de fundo canelado, oferece uma pêra ao Menino Jesus. esta cena decorre sobre um crescente que, por sua vez, numa alusão ao cenóbio para o qual foi feita a peça, é suportado por um espinheiro, tendo na base deste, a filactera as iniciais IHS. Este conjunto é encimado por uma coroa, com estrelas (Stela Maris) suportada por dois Anjos. Entre os botaréus laterais figuram-se, em imagens de vulto, à esquerda São Jerónimo, vestido de cardeal com um livro aberto na mão esquerda e a mão direita apontando para o leão que repousa a seus pés. No lado oposto encontra-se a figura de Santo Agostinho, vestido de bispo, com mitra e capa de asperges, segurando na mão direita um coração e na esquerda um báculo. Nos contrafortes, sobre o primeiro feixe de pilares adossados, situam-se de ambos os lados, dois pares de figuras de apóstolos e profetas do lado esquerdo, Moisés, identificado pelas tábuas da lei (na parte exterior), faz par com São Pedro, reconhecível pela grande chave que transporta (no lado interno). Da banda oposta, situam-se no lado interior, São Paulo, identificado pela espada, e na parte externa o Rei David com harpa, o seu tradicional atributo. A coroar todo o conjunto encontra-se, sobre um remate lanceolado, a imagem de Cristo Salvador do Mundo, de pé, com longas barbas e cabelos, auréola circular, abençoando com a mão direita e transportando na esquerda o simbólicoa globo do universo com a cruz. No verso do porta paz, observa-se uma pega trabalhada em forma de ramo de espinheiro.
Incorporação:
Transferência - Mosteiro de Nossa Senhora do Espinheiro, Évora
Origem / Historial:
A linguagem estrutural e decorativa de toda a peça é gótica, com as suas sequências de botaréus rematados com cogulhos, arcos conupiais, baldaquinos, nervuras floridas e remates contracurvados. No entanto, esta peça mostra igualmente particularidades bem renascentistas - a própria forma da base fortemente geometrizada, o balcão liso da fachada e, sobretudo o apartamento do fundo da Virgem do Espinheiro, com a ornamentação de um arco de volta perfeita e a indicação de uma meia abóboada em forma de concha. O próprio motivo floral que, enquadrado por uma filactera, no topo da peça é diferente, num sentido de um maior classicismo, dos floreados das bandas laterais e do baldaquino. Estas características de uma arte de transição, aproximam a linguagem de outras peças da época, como a custódia existente no MNAA proveniente da igreja lisboeta da Pena, na qual, para além da junção de elementos góticos e renascentistas, encontramos o mesmo motico do remate final e uma estrutura muito semelhante dos feixes de pilastras. João Couto já tinha entendido esta relação e comparou tembém a peça com a custódia da Ameeira, datada de 1544 e muito semelhante à da Pena, com as custódias de D. Jorge de Almeida do Museu de Coimbra (datada de 1527) e de D. Miguel da Silva da Sé de Vizeu, datada de 1533. in Inventário de Ourivesaria do Museu nacional de Arte Antiga. do Românico ao Manuelino. 1º volume. Do Românico ao Manuelino, Lisboa, IPM, 1995, pp. 162-165. * Forma de Protecção: classificação; Nível de classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei n.º 107/2001, de 8 Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; N.º 19/2006; 18/07/2006 *
 
     
     
   
     
     
     
 
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