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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Arte Antiga
N.º de Inventário:
87 Our
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Ourivesaria
Denominação:
Cruz processional
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Portugal
Centro de Fabrico:
Portugal
Oficina / Fabricante:
Não determinado
Entidade Emissora:
Não determinado
Grupo Cultural:
Não determinado
Datação:
XV d.C.
Matéria:
Prata e prata dourada; esmaltes
Técnica:
Prata fundida, repuxada, cinzelada e incisa, parcialmente dourada e esmaltada
Dimensões (cm):
altura: 125 cm; largura: 58,5 cm;
Descrição:
Cruz latina em prata dourada e prata branca, com as extremidades dos braços e das hastes flordelisadas e com cada face pontuada por quatro quadrifólios salientes. A espessura dos braços e da haste da cruz é preenchida por uma gradinha vazada de quadrifólios. Uma cercadura cogulhada circunda o perímetro da cruz, encontrando-se a haste superior rematada por uma bolota de grandes proporções, com o fruto em prata branca contrastando com as folhas em prata dourada, que provavelmente tambem existiriam nas extremidades dos braços, sendo ainda possivel observar os orifícios de encaixe. O campo das hastes e das extremidades da cruz é totalmente preenchido por um rendilhado vazado composto por rosáceas, arcarias e janelões mainelados, de forte efeito decorativo. Na haste superior uma filactera oblíqua apresenta a inscrição IHS/ NAZERENU/ REY/ IUDEORU em caracteres góticos. A área de intercessão dos braços com as hastes desenvolve-se de forma quadrangular, sendo moldurada por uma canelura profunda, encontrando-se fixas nos seus vértices bolotas idênticas ás anteriores. O verso da cruz apresenta os ângulos interiores preenchidos por representações cinzeladas do Tetramorfo, circundando a figura do Cristo sedente e abençoando, inscrito numa moldura quadrangular em forma de losângulo. O campo interior do reverso é preenchido por uma rosácea rendilhada. O nó da cruz é sextavado, desenvolvendo-se em dois registos acastelados com as faces preenchidas por janelões mainelados. Observam-se ainda, no registo superior e em pequenos nichos, as figuras em meio vulto de Santa Catarina, Santa Bárbara e Santa Maria Madalena (?), sendo omissas outras três observando-se apenas os orificos do encaixa da fixação destes elementos. Toda a construção assenta sobre uma base em forma de prisma sextavado invertido com as faces decoradas com motivos vegetalistas e florais relevados. A haste desenvolve-se em dois registos preenchidos cada um por dois níveis de janelões geminados e mainelados com óculos nos tímpanos, separados entre si por contrafortes.
Incorporação:
Transferência - Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, Alcobaça
Origem / Historial:
Em torno da proveniência desta peça têm-se levantado algumas dúvidas, já que os inventários de pratas e relíquias do Mosteiro de Alcobaça, lavrados no século XVI (1510 e 1536) referem-se sempre a uma grande cruz com vários elementos iconográficos acopolados, sendo comum a descrição de uma Virgem e São João que ladeavam a figura de Cristo, sendo mais específico o primeiro dos inventários, que refere também o bom e o mau ladrão. Este tipo de iconografia associado a cruzes era, aliás, comum em Portugal, nomeadamente nas de metal não precioso, provindas da Catalunha e da região de Burgos. Só já no século XIX quando dá entrada na Casa da Moeda se regista esta cruz com as características que hoje apresenta. Nuno Vassalo e Silva parece ter esclarecido as dúvidas que afastavam a identificação da cruz, descrita pelos inventários do século XVI, da que se guarda hoje no Museu das Janelas Verdes. De facto, esclarece este investigador, a cruz apresenta vestígios numa das hastes, que indicam a existência de pequenos cilíndros onde estariam colocadas as figuras da Virgem e São João. Esta peça, de aparatosa silhueta, pode ser associada a uma outra peça, também de dimensões pouco vulgares, que se guarda no MNAA e que provém igualmente do Mosteiro de Alcobaça: a copa de Frei João Dornelas. Efectivamente estas duas peças mantêm entre si evidentes semelhanças a nível da execução do trabalho de prata. É, aliás, bastante provável que tenham sido mandadas fazer para o mosteiro pelo mesmo doador, o famoso partidário de D. João I e da nova dinastia. in Inventário do Museu Nacional de Arte Antiga. Colecção de Ourivesaria.1º volume. Do Românico ao Manuelino, IPM, Lisboa, 1995, pp. 72-75. * Forma de Protecção: classificação; Nível de classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei n.º 107/2001, de 8 Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; N.º 19/2006; 18/07/2006 *
 
     
     
   
     
     
     
 
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