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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves
N.º de Inventário:
CMAG 849
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Título:
Vénus ao Espelho
Autor:
Vieira Lusitano, Francisco (1699 - 1783) (atrib.)
Centro de Fabrico:
Portugal
Datação:
XVII-XVIII (1699-1783)
Matéria:
Madeira e vidro (moldura).
Suporte:
Cartão e tela.
Técnica:
Óleo.
Dimensões (cm):
altura: 18; largura: 38;
Descrição:
Composição alegórica, executada na técnica de óleo sobre tela, colada em cartão. Observa-se em primeiro plano, numa faixa diagonal traçada da esquerda alta para a direita baixa, Vénus (a Deusa do amor, simbolizando como a mais bela Deusa e também como a personificação da beleza feminina) recostada numa concha armada sobre um tipo de "chaise long" coberta por almofadas forradas com tecidos amarelados e esbranquiçados. A Deusa apresenta-se praticamente desnuda, usando somente no baixo-ventre um panejamento branco que parece cair do seu ombro esquerdo. Apresenta cabelo castanho claro, mostrando apenas uma madeixa sobre o ombro direito. Com a mão esquerda segura uma paleta e possivelmente pinceis, enquanto a direita mostra uma grinalda de pequenas flores. Está a olhando para um espelho e simultaneamente admirando a sua própria beleza, de frente para o observador. O espelho está suportada por dois putti desnudos e alados, (um deles, encontra-se à esquerda e está representado, quase na penumbra). A tonalidade geral reflete os tons amarelados, o bege e os tons escuros: A pintura está emoldurada em madeira de mogno (?) com tremidos na orla.
Incorporação:
Legado - Por testamento de 31/07/1964
Origem / Historial:
Adquirida ao senhor Cassio em 22/09/1939 por 1.000$00 (mil escudos). Tinha sido por ele comprado, em tempos, por 25$00 (vinte e cinco escudos). Vinha metida em moldura de mogno de tremidos. O pintor José Malhoa atribuiu esta obra a Vieira Lusitano (ver Observações). Em 1965, as Finanças atribuiram-lhe o valor de 6.000$00 (seis mil escudos). Informação inventário Dr. Anastácio Gonçalves: "Quadro a óleo sobre tela colada em cartão. Representa uma mulher nua, com as partes protegidas por véu transparente, segurando na mão esquerda uma palheta e pinceis e na mão direita uma coroa de louros. Está reclinada sobre uma almofada e tem em frente uma tela segura por dois anjos, mal esboçados. Mede 38X18 e está posto no sentido da largura. Comprado ao Sr. Cassio em 22/9/1939 por Esc. 1.000$00. Foi pelo mesmo Sr. comprado em tempos por Esc. 25$00. Malhoa escreveu por seu punho num papel que está fixado nas costas:" A minha opinião é que o quadro-esboceto aqui junto é do pintor Francisco Vieira Luzitano" - José Malhoa - Lisboa - 15 de Abril de 1932. Vem metido em moldura de mogno e termidos" Esta obra de temática alegórica, parecendo ser o único óleo de Vieira Lusitano versando semelhante tipologia. Coloca-se aqui um equívoco, para a sua anterior designação na antiga ficha de inventário da CMAG, como figuração alegórica da Pintura, e que reforçam, na sua ambiguidade conceptual, o ideário clássico de associação entre Beleza e Perfeição (na Glorificação da Vitória e do Equilíbrio das Formas). Por outro lado, esta obra denuncia, igualmente, as influências estéticas sofridas por Vieira Lusitano durante os dilatados períodos de tempo que viveu em Itália onde viu esta temática tratada, com toda a certeza, em obras de Ticiano, Tintoretto, ou Veronese. Este tema alegórico, recriado de mitologia clássica, representando o Amor, personificado na figura feminina de Vénus, é uma das composições, por diversas vezes recorrente do classicismo do século XVII europeu. No caso particular, do pintor Vieira Lusitano, esta obra poderá ter sido um pequeno estudo para uma encomenda de maiores dimensões, de entre as múltiplas que recebeu ao longo de todo o seu percurso artístico.
 
     
     
   
     
     
     
 
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