MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contactos  separador  Ajuda  separador  Links  separador  Mapa do Site
 
sábado, 27 de abril de 2024    APRESENTAÇÃO    PESQUISA ORIENTADA    PESQUISA AVANÇADA    EXPOSIÇÕES ONLINE    NORMAS DE INVENTÁRIO 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves
N.º de Inventário:
CMAG 32
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Cerâmica
Denominação:
Garrafa
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Província de Jiangxi, China
Centro de Fabrico:
Fornos de Jingdezhen
Datação:
XVI d.C. - XVII d.C. - Dinastia Ming, período de Wanli (1573-1620) - início do século XVII
Matéria:
Porcelana branca, azul cobalto, vidrado e metal dourado.
Técnica:
Azul cobalto aplicado com pincel sobre a pasta crua revestida em seguida de vidrado .
Dimensões (cm):
altura: 24,1; largura: 15,1;
Descrição:
Garrafa de bojo achatado, colo cilíndrico, truncado, e pé trapezoidal, manufacturada numa porcelana, branca e espessa, decorada a azul cobalto sob o vidrado. Numa das faces, dentro de um medalhão central donde irradiam flores de lótus, estão emolduradas, por cercadura de pontos, as armas de Filipe II de Espanha: «Escudo circular esquartelado: I e IV, duas torres geminadas e cobertas por castelo (Castela); II e III leão andante (por leão-rampante, de Leão)». A face oposta ostenta rochedos ornamentais estilizados, ramos com flores, folhas, bagas e insectos voando. Os motivos decorativos que ocupam cada uma das faces são circundados por uma banda circular de fundo azul com pontos a azul mais escuro, os quais imitam a pregaria utilizada nos objectos de metal, levando-nos a supôr que esta peça poderá ter aí colhido inspiração. Estas cercaduras acentuam a forma do bojo e separam as faces das paredes laterais que são decoradas com enrolamento contínuo de três flores de lótus. O colo, preenchido por dois motivos florais alternando com elementos vegetalistas, remata com aplicação metálica, finamente trabalhada, posterior à peça. Cada uma das quatro faces do pé apresenta uma flor de lótus. Segundo os autores Howard e Ayers, este tipo de garrafa, vulgarmente conhecida por garrafa de peregrino, é geralmente aceite como uma encomenda real feita entre 1580 e 1595. Contudo, há quem defenda a hipótese de a peça ter sido encomendada por um cavaleiro da Ordem de Avis ou da Ordem de Cristo durante o domínio espanhol, datando-a de 1610-20, conforme Arez, Sousa e McNab, p.51. Michel Beurdeley defende que as armas foram executadas provavelmente a partir de uma moeda. Para o mesmo autor, esta garrafa e as suas similares terão feito parte das três mil peças da colecção de Filipe II, que reinou em Portugal de 1580 a 1598. Conhecem-se exemplares similares em quatro colecções particulares portuguesas, nomeadamente nas colecções do Dr. Amaral Cabral e da Fundação Oriente. Existem tambem garrafas idênticas no British Museum e no Victoria and Albert Museum de Londres, no Gemeentmuseum de Haia, no Museum für Kunsthandwerk de Frankfurt, no Peabody Museum of Salem de Boston, no Tokyo National Museum, Tóquio, Idemitsu Museum of Arts, em Tóquio, e na Matsui Collection, no Japão. Todas as garrafas apresentam as mesmas armas reais de Espanha, mas, na face oposta, algumas mostram cenas diferentes das representadas nesta peça, sendo as flores substituídas por paisagem.
Incorporação:
Legado - Por testamento em 31 de Julho de 1964
Origem / Historial:
Proveniente da colecção Dr. George Duff. Foi adquirida por intermédio de Pereira Coutinho, em 5/6/1962, por 40.000$00 (quarenta mil escudos). Em 1965, as Finanças atribuíram-lhe o valor de 100.000$00 (cem mil escudos). A peça foi incorporada em 18/8/1967 por auto de entrega e cessão de bens ao Estado. * Forma de Protecção: classificação; Nível de classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei n.º 107/2001, de 8 Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; N.º 19/2006; 18/07/2006 *
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Termos e Condições  separador  Ficha Técnica