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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional do Azulejo
N.º de Inventário:
MNAz 143 Esc
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Escultura
Denominação:
Peça do Presépio da Madre de Deus
Título:
Anjos músicos (duo)
Autor:
Ferreira, António e Dionísio (atribuído)
Local de Execução:
Lisboa
Centro de Fabrico:
Lisboa, Portugal
Datação:
1700 d.C. - 1730 d.C.
Matéria:
Barro
Suporte:
Barro cozido (terracota)
Técnica:
Modelação Policromia a frio: pintura a têmpera ou técnica mista (óleo e ovo); as vestes têm decoração estofada com ouro aplicado a mordente (verniz). Carnação.
Dimensões (cm):
altura: 47 cm; largura: 53 cm; profundidade: 17 cm;
Descrição:
Escultura: escultura de vulto. Grupo (duo) de figuras de presépio. Grupo composto por par de anjos sentados, tocando cada um o seu instrumento, assentes sobre uma plataforma de nuvens. O da esquerda, segura um alaúde, com o corpo numa forte torção para trás e para a esquerda, erguendo a cabeça, de perfil, para o alto. O anjo da direita segura, junto ao corpo, uma harpa que apoia no ombro esquerdo e toca com a mão direita. A cabeça, apoiada junto à harpa, olha para a esquerda. As vestes do anjo da esquerda são azuis com decoração de flores dourada e as do lado direito são rosa avermelhadas também com flores douradas, as faces de ambos são coradas. Notas iconográficas: Este duo é indissociável do conjunto de anjos junto de um órgão, formando com eles uma orquestra. A forte torção da figura da esquerda e o seu olhar dirigem o observador para esse outro grupo de anjos músicos (trio) em segundo plano. Outro indício da relação entre os dois conjuntos é ainda visível no verso deste grupo, onde é evidente ter existido, outrora, um elemento de encaixe, que encontra correspondência no trio de anjos. Os anjos músicos são um dos dois tipos de anjos que se podem observar neste presépio, estes, encontram-se por detrás da Sagrada Família, o outro grupo anjos, são os anjos arautos que se encontram suspensos anunciando a boa nova do nascimento de Jesus. Os anjos músicos no seu conjunto constituem contrapontos celestes aos músicos terrestres (pastores) representados neste presépio, sendo a música dos primeiros de sonoridade mais subtil, suave e poderosa, representada pelo órgão e pela harpa, e a música terreste estranha e menos subtil, representada pela guitarra e pela gaita de foles. Bibliografia básica: O Presépio da Madre de Deus (2003)
Incorporação:
Transferência - Por despacho de 31/7/2009, do Director do Instituto dos Museus e da Conservação, foi autorizada a transferência a título definitivo do MNAA para o MNAz. Estava em depósito no MNAz desde 1985.
Origem / Historial:
Forma de Protecção: classificação; Nível de Classificação: interesse nacional; Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devem recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei nº 107/2001, de 8 de Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas; Legislação aplicável: Lei nº 107/2001, de 8 de Setembro; Acto Legislativo: Decreto; Nº 19/2006;18/07/2006 O presépio (no qual se integra esta peça) provém do antigo Convento da Madre de Deus (hoje MNA). Foi colocado originalmente num espaço próprio conhecido por Sala do Presépio, contíguo à Capela de Santo António, no segundo piso do edifício do convento ou casa do antecoro. Entre as possíveis circunstâncias em que se situou a encomenda do presépio poderá ter estado um programa de glorificação da Virgem, no qual se enquadra a recepção de dádivas vindas de Roma, em 1731, sob a forma de relíquias várias relacionadas com A Virgem, incluindo, por exemplo, uma tábua do presépio ou berço. Entre os encomendantes prováveis são apontados D. João V e o padre José Pacheco, ou ainda D. Pedro II ou D. Catarina de Bragança. A sua função inicial relacionava-se com a celebração da Natividade realizada em ambiente de clausura. A função actual de objecto museológico decorreu da sua incorporação pelo Estado após o decreto de extinção das ordens religiosas que se prolongou neste caso, por se tratar de um convento feminino, até à morte da última freira, ocorrida em 1871. Não se sabe exactamente quando terá sido desmontado, mas sabe-se que quando foi incorporado no acervo do MNAA (ou Museu Nacional de Belas Artes e Arqueologia até 1884) já estaria desmontado. A primeira exposição museológica de algumas das suas peças isoladas do conjunto ocorreu em 1882 na Exposição de Arte Ornamental Portuguesa e Hespanhola (não foi o caso desta peça). Existiu um projecto de montagem do presépio na sua casa original nos anos 80 ( onde entretanto se instalou o MNA) , motivando o regresso do conjunto escultórico ao MNA, em regime de depósito, mas este projecto não teve continuidade por falta de bases para uma correcta montagem das peças dispersas. Prevê-se uma remontagem do presépio em 2004 no local original da Sala do Presépio pela arquitecta Andreia Galvão.
 
     
     
   
     
     
     
 
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