MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contacts  separator  Help  separator  Links  separator  Site Map
 
Saturday, May 04, 2024    INTRODUCTION    ORIENTED RESEARCH    ADVANCED RESEARCH    ONLINE EXHIBITIONS    INVENTORY GUIDELINES 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
OBJECT DETAILS
Museum:
Museu Nacional do Azulejo
Inventory number:
MNAz 269 Az
Supercategory:
Arte
Category:
Cerâmica
Name:
Painel de azulejos
Title:
Santo António pregando aos peixes
Author:
Desconhecido
Production Place:
Portugal
Manufacture Center:
Lisboa
Date / Period:
1720 A.D - 1745 A.D
Material:
Barro; óxidos metálicos
Technique:
Faiança
Measurments (cm):
height: 111 cm; width: 80 cm;
Description:
Painel de azulejos de composição figurativa em faiança monocromática: azul sobre branco. Registo com cena que representa Santo António, aureoleado, colocado à esquerda do observador, numa margem, pregando aos peixes, que emergem para o ouvir. Na margem oposta três personagens arabizantes assistem à cena. A cena está circunscrita por uma moldura em trompe l´oeil, com motivo de meia cana sobre o qual se inscreve folhagem. Concheados pujantes definem as arestas da moldura, motivos que se repetem no eixo longitudinal sobrepondo-se na cena.
Incorporation:
Desconhecido (Fundo antigo)
Origin / History:
"(...)"registos" (...) testemunham uma religiosidade fervorosa,a aparentemente exarcebada pela catástrofe decorrente do grande Terramoto de 1755 (...) a figuração do chamado "Milagre dos peixes" é caso único, estando, normalmente, mais associada a Ciclos narrativos antonianos, aspecto que traz alguma ambiguidade à classificação desta peça. A semelhança do emolduramento com o conjunto que hoje forra a Tribuna Real do convento da Madre de Deus, originário de uma capela do convento de Santo Alberto, dito das Albertas, de acordo com o testemunho de Liberato Teles, poderá indicar idêntica origem para esta peça. O painel pretende simular um quadro do tipo que se poderia observar na época, com a sua pesada e impositiva moldura de talha. Na representação da cena, tendo em segundo plano a população que testemunha o milagre da pregação, os peixes ganham um destaque tão grande como o próprio santo. Eles localizam-se no centro da composição, com a água a marcar claramente a fronteira entre o mundo dos crentes, representado por António, e o dos hereges, localizado ao fundo. O pintor, talvez porque o painel se destinasse a um local que poderia dificulatr a visualização da discreta imagem das cabeças dos peixes a emergir do mar, decidiu colocar dois pujantes delfins, figuras mais adequadas à representação escultórica de uma fonte ou chafariz de pendor mitológico que ao realismo do mundo aquático(...). A importância do "milagre dos peixes" na hagiografia franciscana prende-se com o que transmite da capacidade e eloquência de Santo António, cujo poder de oratória conseguiu, assim, arrancar às profundezas da água os seus habitantes, encantados pela palavra deste novo Orfeu. O santo surge deste modo como contraponto cristão ao músico da mitologia clássica, que com a sua música atraia e subjugava as feras, tal como António soube cativar os peixes com a sedução da sua voz e a expressividade do seu discurso." Vide Bibliografi, Alexandre Pais in A Água no azulejo português do século XVIII
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Terms & Conditions  separator  Credits