Origem / Historial:
Esta peça tem origem em Santa Maria de Galegos, feita por Ana Baraça.
A ocarina é um instrumento de sopro globular, sendo um dos instrumentos de sopro mais antigos do mundo. Pertence à família das flautas de formato globular e tem características acústicas diferentes. Técnicamente o seu corpo age como um ressonador de Helmholtz. Outras flautas com esse formato são o "xun chinês" e as "flautas esféricas africanas", que diferem das ocarinas no formato do bucal. Semelhantes às ocarinas, são os instrumentos de tubo fechado como as flautas de "pan". A ocarina como outras flautas de corpo oco, tem a qualidade incomum de não depender do comprimento do seu tubo para produzir uma nota em particular. As notas dependem da àrea de abertura total dos orifícios em relação ao volume total do instrumento, sendo que a posição dos orifícios não é muito relevante, mas sim o seu tamanho. A caixa de ressonância da ocarina cria uma onda sonora senoidal, incapaz de criar sobreposições harmónicas. Isto significa que a técnica de soprar mais forte para oitavar notas, não é possível com a ocarina. As notas diferentes, são produzidas dedilhando-se os seus orifícios, abrindo e fechando, mais ou menos a àrea total dos mesmos. Os instrumentos do tipo ocarina tiveram uma importância particular nas culturas chinesa e centro-americana. O uso comum da ocarina nos países ocidentais data do séc. XIX, quando a sua forma moderna foi inventada pelo italiano Giuseppe Donati. A Fábrica de Meissen na Alemanha, não produziu ocarinas, mas autorizou os seus fabricantes a usar o padrão Meissen azul e branco no design exterior. Actualmente a maior empresa de ocarinas do mundo é a STL ocarina nos Estados Unidos.