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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Grão Vasco
N.º de Inventário:
2285
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Denominação:
O Sacristão da Igreja dos Portugueses em Roma
Datação:
1921 d.C.
Suporte:
Tela
Técnica:
Pintura a óleo
Dimensões (cm):
altura: 98; largura: 109;
Descrição:
Na sacristia da Igreja dos Portugueses em Roma observa-se um homem de túnica vermelha, cabelo e bigode grisalhos, dormitando sentado num cadeirão de madeira escuro. Aos pés do sacristão encontra-se um jornal, e por cima, na parede, um placard com diversos papéis afixados. Do lado esquerdo, um outro cadeirão vazio se descobre na penumbra. Ao seu lado encontra-se, parcialmente representado, um móvel de tampo de veludo vermelho e uma passadeira da mesma cor. As paredes são azuis e castanhas e a luz, vinda do lado esquerdo, projecta os seus raios directamente sobre o sacristão fazendo com que este seja o principal elemento do "palco". Os vermelhos da túnica, da passadeira e do tampo formam uma triologia que, de certa forma, contribui para o equilíbrio da composição.
Incorporação:
Compra - çlçl
Iconografia e Heráldica

Tipo

Descrição

Imagem

Iconografia

Estamos perante o magistral registo de um momento de descontração do sacristão da Igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma, executado por Carlos Bonvalot em que o artista explora as possibilidades de confronto entre as zonas de sombra e de luz. Na atmosfera de penumbra, o traje vermelho do prelado contrasta com os tons azulados do compartimento, demonstrando um interessante jogo cromático antagónico, contudo equilibrado. Em 1921, Bonvalot passa uma temporada na Cidade Eterna com o objetivo de aprofundar os seus estudos sobre conservação e restauro de pinturas dos velhos mestres. Na cidade italiana o pintor tomará contato com a atmosfera romana e as suas obras passam a refletir essa «luminosidade cálida» (Henriques, 1995, p. 13). Carlos Bonvalot (1893-1934) estudou pintura com o mestre Veloso Salgado (cat. 25) na Escola de Belas Artes de Lisboa, concluindo o curso em 1916 com excelentes classificações. Apesar de nunca ter realizado uma exposição individual em vida, Bonvalot participou sempre com obras suas em certames coletivos. Em 1919, como aconteceu com muitos outros artistas portugueses, Bonvalot parte para Paris como Bolseiro do Legado Valmor, e irá continuar a sua aprendizagem com François Cormon na École des Beaux-Arts (Faria, 2008, p. 76). No ano seguinte segue para Roma onde estuda restauro de pintura antiga. Após o seu retorno a Portugal, em 1923, estabelece-se em Cascais. A vila torna-se no tema predileto da pintura do artista. Bonvalot capta aspetos pitorescos do burgo piscatório, variando entre marinhas e retratos. Também em Cascais, no restauro do retábulo da igreja matriz da vila, Bonvalot demonstrará os conhecimentos adquiridos em Roma, utilizando inovadores exames de diagnóstico para o restauro, como o raio X. Em 1932, Bonvalot entra para a carreira de conservador no Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães. Passados dois anos, José de Figueiredo, diretor do MNAA, convida-o para dirigir a oficina de restauro do Museu, cargo que nunca desempenhou pois morreu no dia em que deveria tomar posse. Ramiro Gonçalves In “Identidades, Pronomes e Emoções. As Regras do Retrato, Museu Nacional Grão Vasco, 2019”

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