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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Grão Vasco
N.º de Inventário:
2414
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Denominação:
O Pomar
Título:
O Pomar
Datação:
XX d.C.
Suporte:
Tela
Técnica:
Pintura a óleo
Dimensões (cm):
altura: 94,5; largura: 86,5;
Descrição:
Quatro mulheres são representadas descontraidamente num pomar, junto a um amontoado de frutas. O grupo feminino ocupa quase a totalidade da tela e três das mulheres fitam o observador, enquanto outra, de perfil, segura um fruto na mão. Mais atrás, um grupo de camponesas caminha com cestas à cabeça, ao longo do prado verde. Destaca-se ainda, no plano superior, o casario branco, que se salienta pela luminusidade das pinceladas brancas que o compõem e que contrasta com o verde dominante do plano fundeiro.
Incorporação:
Compra - Adquirido pelo Estado à viúva do artista, Esmeralda Branca Peralta.
Origem / Historial:
No reverso da grade possui cartão de José Campas com informação impressa na parte superior esquerda: “JOSÉ CAMPAS / ATELIER / VILLA L. TAIPAS – LISBOA /MARTEL”, seguida de informação manuscrita: “Quadro “O pomar” do pintor portuense João Peralta, já falecido, exposto no Salão de “Ilustração Portuguesa” (…) em Dezembro de 1927.- n.º 6 (?) / Foi este quadro adquirido pelo “Museu Grão Vasco” pela interferência generosa do pintor José Campas./ 1928./. Segue-se a informação impressa: “CONSULTAS D’ARTE: restauração de quadros antigos e modernos / AVALIAÇÕES DE ANTIGUIDADES”
Iconografia e Heráldica

Tipo

Descrição

Imagem

Iconografia

"Sobre a vida e obra de João Peralta pouco sabemos, a não ser o que sobre ele escreveu Álvaro de Morais, em 1922, na revista A Águia. Morais aponta como característica da obra de Peralta o facto de ser fragmentária, cheia de contradições, mas simultaneamente variada e espelhando a “sua maravilhosa diversidade”. Ficamos também a saber que a sua vida foi curta (1893-1922), deixando assim uma obra que não faz jus ao seu talento, porque, por algumas das pinturas que deixou, adivinhava-se a raridade das suas qualidades criadoras (Morais: 1922, p.141). No Pomar é uma dessas obras. Por trás dos olhos de cada uma das quatro raparigas sentadas num pomar adivinha-se mistério. Poderíamos dizer que são personagens familiares entre si, e familiar será também a relação que mantêm com o pintor pela forma descontraída como as figuras estão colocadas na paisagem, mas algo as distancia dos simples retratos. São retratos de almas, figuras simbólicas e não reais, como diria Álvaro Morais (Morais: 1922, p.141) a propósito de outra obra do artista, a Dama da Luva. A indistinta paisagem rural que serve de fundo à pintura acentua na obra esse sentido melancólico e simbólico. Parece haver nesta obra uma busca em que o próprio artista pretendeu revelar-se. Distancia-se definitivamente das correntes naturalistas que faziam ainda a fortuna dos artistas portugueses da época e aventura-se no campo do simbolismo, que era, afinal, o caminho da modernidade. O meio onde se integrava não foi favorável a estas pesquisas. O Porto de finais de Oitocentos e início do século XX não estava preparado para receber um visionário como Peralta. Quem o afirma é novamente Álvaro de Morais: “Só muito poucos souberam adivinhar, através das hesitações e fraquezas da sua arte, uma das mais delicadas sensibilidades que tem existido em Portugal. Se tivesse encontrado um meio mais favorável ou menos opaco à criação artística de que o Porto contemporâneo, facilmente teria achado o seu caminho. Assim foi uma bela promessa que a morte nos levou.” (Morais:1922, p.142)." AF e RAG [in "Identidades, Pronomes e Emoções. As Regras do Retrato"]

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