Origem / Historial:
Francisco de Jaso y Azpilicueta, nasceu em Espanha, na localidade de Xavier (Navarra), a 7 de abril de 1506 e faleceu em Sanchoão (Macau), a 3 de dezembro de 1552. É conhecido como São Francisco Xavier, Apóstolo das Índias, dado que a sua ação missionária permitiu a conversão de largos milhares de nativos na Índia, China e Japão.
Foi missionário do padroado português do Oriente cofundador da Companhia de Jesus, uma congregação religiosa destinada ao ensino, à conversão e à caridade.
Sob o patrocínio de D. João III, Francisco Xavier é chamado a Portugal, em 1540, e ruma à Índia no ano seguinte, indo apoiar as iniciativas de missionação do Padroado português. Ancorou em Goa a 6 de maio de 1542, iniciando o seu trabalho entusiasticamente.
A partir de Goa percorreu diversas rotas no Oriente, passando nas ilhas Celebes, Malaca, ilhas Molucas, Indonésia Oriental, chegando mesmo às cidades chinesas de Macau e Cantão e, ainda, ao Japão.
No Japão aportou à cidade portuária de Kagoshima (ilha de Kiushu), em 1549, depois deslocando-se para Yamaguchi e daí para Quioto, onde esperava obter autorização para visitar o Imperador. Mesmo que tenha estado pouco tempo neste país, a sua importância na introdução do cristianismo foi notável, tendo inclusivamente sido acolhido no mosteiro budista de Shingon, onde pode debater largamente as doutrinas cristãs. Com a sua ação missionária logrou estabelecer missões nas cidades de Hirado, Yamaguchi e Bungo.
Em 1551 estava de regresso a Goa e no ano seguinte decide empreender a missão na China, mesmo contra a posição oficial chinesa que impedia a circulação de estrangeiros. Já em Sanchoão, uma ilha vizinha de Macau, foi acometido de violentas febres, aí morrendo a 3 de dezembro de 1552, abraçado ao crucifixo que lhe fora oferecido pelo seu amigo Santo Inácio de Loyola.
O seu corpo foi primeiramente sepultado em Sanchoão, depois em Malaca e, em dezembro de 1553, foi trasladado definitivamente para Goa, onde jaz num imponente relicário de vidro e prata na Basílica do Bom Jesus. Do seu corpo e pertences foram extraídas algumas relíquias, hoje dispersas.
Foi beatificado pelo Papa Paulo V em 1619 e canonizado pelo Papa Gregório XV a 12 de março de 1622, simultaneamente com Inácio de Loyola.
É o santo patrono dos missionários e a sua festa canónica celebra-se a 3 de dezembro, data da sua morte.