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OBJECT DETAILS
Name: Políptico da Capela-Mor da Sé de Viseu Authors: Fernandes, Vasco Henriques, Francisco (act.1500-1518) Date / Period: 1501 A.D - 1506 A.D Holder: Madeira de carvalho Measurments (cm): height: 131,5; width: 81,2; thickness: 2,5; Description: Pintura a óleo sobre madeira de carvalho com representação da Visitação da virgem Maria a sua prima Isabel, painel do antigo retábulo da capela-mor da Sé de Viseu (1501-1506).
A Virgem e Santa Isabel, inscritas num terraço vegetalista tratado com rigores de ilustração botânica, ocupam o primeiro plano. Um largo fundo paisagístico, que prolonga até ao infinito o horizonte visual, enquadra a cena do abraço entre as duas primas no passo da Visitação. À esquerda, representa-se pormenorizadamente uma cidade habitada, onde pontuam diversos tipos humanos, incluindo um mendigo, embrenhados nos mais diversos afazeres quotidianos. A arquitectura, de evidente inspiração nórdica, é representada com uma tal minúcia, que permite identificar na fachada de um dos edifícios um relógio mecânico.
Os acidentes da paisagem, designadamente os volumes rochosos e a alternância de tonalidades claras e escuras, permitem articular planos e sugerir a profundidade sistemática do espaço. E se os erros anatómicos são identificáveis na estrutura das duas figuras em primeiro plano, ou na modelação concreta das carnações, embora acentuados por alterações posteriores, a qualidade plástica do fundo, numa gama muito diversificada de tonalidades de azul, é notável. Com efeito, no limite do horizonte, as formas de montes e tufos vegetalistas diluem-se em efeitos atmosféricos magistralmente sugeridos.
A necessidade de destacar os painéis pintados de profusas estruturas entalhadas e douradas e da deficiente iluminação dos locais a que se destinavam, é um dado a ter em conta para entender a importância deste tipo de efeitos luminosos, bem como o recurso a uma paleta de cores vivas e contrastantes. Incorporation: Transferência - Transferência da Sala do Capítulo da Sé de Viseu, ao abrigo do Decreto 2: 284-C de 16 de Março de 1916, que cria o Museu de Grão Vasco.
Origin / History: * Forma de Protecção: classificação;
Nível de classificação: interesse nacional;
Motivo: Necessidade de acautelamento de especiais medidas sobre o património cultural móvel de particular relevância para a Nação, designadamente os bens ou conjuntos de bens sobre os quais devam recair severas restrições de circulação no território nacional e internacional, nos termos da lei n.º 107/2001, de 8 Setembro e da respectiva legislação de desenvolvimento, devido ao facto da sua exemplaridade única, raridade, valor testemunhal de cultura ou civilização, relevância patrimonial e qualidade artística no contexto de uma época e estado de conservação que torne imprescindível a sua permanência em condições ambientais e de segurança específicas e adequadas;
Legislação aplicável: Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro;
Acto Legislativo: Decreto; N.º 19/2006; 18/07/2006 *
Bibliography | C. N. C. D. P. - Grão Vasco e a Pintura Europeia do Renascimento, Lisboa, 1992, pág. 84 | Carta do Bispo D. Fernando Gonçalves de Miranda, Museu Grão Vasco, Viseu, pág. - | MARKL, Dagoberto - História da Arte em Portugal, Lisboa, 1986, pág. - | Roteiro do Museu Grão Vasco. Lisboa: IPM/ASA, 2004, pág. - | SANTOS, Luis Reis - Vasco Fernandes e os Pintores de Viseu do século XVI. Lisboa: 1946, pág. - | |
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