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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu: Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea Denominação: Inês de Castro pressentindo os assassinos Autor: Metrass, Francisco Augusto (Lisboa, 1825 - Funchal, 1861) Dimensões (cm): altura: 229; 227; largura: 163; 159; Descrição: Pintura de História. Metrass prefere explorar não a catarse da morte em si mesma (como Columbano irá fazer mais tarde), mas um momento onde pode explorar um máximo de ansiedade e dramatismo, recorrendo ao sentimentalismo e identificação imediatas do observador. É o momento em que a aia da rainha percebe que não irá escapar com vida e agarra-se deseperadamente aos filhos, tal como canta Camões. Junto a uma cama de dossel, com um baldaquino vermelho, Inês de Castro, de robe branco, abraça desesperadamente os seus três filhos, virando receosamente o olhar para a esquerda, donde vem a luz que ilumina os aposentos. O claro-escuro (melo)dramático exibe alguma facilidade (a máscara de dor de Inês parece ser o único catalizador), tal como o desenho, mas a composição serve sem dúvida o sentimentalismo imediato, amargo e trágico, de Metrass. Incorporação: Transferência - Museu Nacional de Arte Antiga
Origem / Historial: Pertenceu às colecções do rei D. Fernando II (1816-1885). integrado no MNAC em 1912.
Intervenções de conservação e restauro:
- Em 1972, no Laboratório José de Figueiredo (processo nºrest.57/72).
Tratamento: Entretelagem a cera e resina damar com tela T4E, levantamento do verniz amarelecido com white spirit e pequena percentagem de álcool, preenchimento de lacunas com massa de caulino e totin e integração das mesmas com tinta de óleo e verniz.
Bibliografia | A Criança nas colecções do Museu. Lisboa: MNAC, 1979, pág. 27 p/b | As Belas Artes do Romantismo em Portugal. Porto: IPM, 1999, pág. 327 cor | Camões nas colecções do Museu Nacional de Arte Contemporânea. Lisboa: MNAC, 1972, pág. 31 p/b | COUTINHO, Bernardo Xavier - Camões e as Artes Plásticas. Vol. 1. Porto: 1946, pág. - | FALCÃO, Isabel - Pintura Portuguesa: Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves. Lisboa: IPM/ CMAG, 2003, pág. 76 | FRANÇA, José-Augusto - A arte em Portugal no século XIX. Vol. 1. Lisboa: Bertrand, 1967, pág. 276 | FRANÇA, José-Augusto; CHICÓ; Mário Tavares; SANTOS, Armando Vieira, plan. e org. - Dicionário da Pintura Universal: Pintura Portuguesa. Vol. 3. Lisboa: Estúdios Cor, 1973, pág. 276 | Imagens da Família na Arte Portuguesa: 1801-1992. Caldas da Rainha: IPM/ Museu de José Malhoa, 1994, pág. 105 cor | LUCENA, Armando de - Pintores portugueses do Romantismo. Lisboa: s/ ed., 1943, pág. 47 | MACEDO, Diogo de - Francisco Metrass e António José Patrício. Colecção Cadernos de Arte. Nº 7. Lisboa: Edições Excelsior, 1952, pág. 10 | MACEDO, Diogo de - Os românticos portugueses. Lisboa: Artis, 1961, pág. 110 | MACEDO, Diogo de - Quatro pintores românticos: Meneses - Metrass - Patrício - Rodrigues. Colecção Museum. 1ª série, nº 6. Lisboa: MNAC, 1949, pág. 12 p/b | MARÍN, José Luis Morales y - "Puntualizaciones a la evolución de la pintura contemporanea en Portugal". In Portugal hoy: 30 pintores. Madrid: Centro Cultural del Conde Duque, 1989, pág. s/ p. | LAPA, Pedro - Museu do Chiado: Arte Portuguesa (1850-1950). Lisboa: IPM/ Museu do Chiado, 1994, pág. cat. 95 cor | PAMPLONA, Fernando de - Dicionário de pintores e escultores portugueses ou que trabalharam em Portugal. Vol. 3. Lisboa: 1957, pág. 104 | PAMPLONA, Fernando de - Um século de pintura e escultura em Portugal (1830-1930). Porto: Livraria Tavares Martins, 1943, pág. 52 | |
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